O Google apresentou nesta quarta-feira (27) o aplicativo de sua rede social Google+ para tablets, além de uma nova ferramenta mais elaborada para eventos na rede social.
Segundo Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia do Google, a rede social já tem 250 milhões de usuários em cerca de um ano de vida, com 150 milhões ativos mensalmente. Ele também acrescentou que os usuários estão passando mais tempo por dia no Google+, uma média de 12 minutos, contra menos de quatro minutos anteriormente.
A versão tablet do Google+ já está disponível para Android e "em breve" para iPad também.
"Temos agora mais usuários interagindo com Google+ em aparelhos móveis do que em desktops", disse Gundotra.
Ele também anunciou um novo aplicativo para a rede social chamado Eventos, parecido com a ferramenta do Facebook, mas conectado com calendário do Google e convites mais elaborados.
Como funciona: você convida alguém para sua casa, ou casamento ou para um restaurante. "É algo pessoal, então o convite deveria ser pessoal e especial também", disse Gundotra, apresentando novas ferramentas para fazer convites, com fotografias animadas, chamadas cinemagraphs.
Os convidados não precisam estar na rede social: é possível mandar o convite via e-mail. Quando a pessoa receber o convite, pode conectar com sua agenda pessoal na hora e incluir no Google Agenda, além de ver as fotos das pessoas que estão indo. Durante o evento, os convidados podem atualizar a página com fotos em tempo real.
O recurso será inaugurado nesta quarta-feira (27), durante a festa do evento para desenvolvedores Google I/O, em San Francisco, onde as novidades foram anunciadas.
O Google espera lançar em menos de dois anos uma versão voltada para consumidores de seus óculos eletrônicos capazes de transmitir imagens e sons e realizar tarefas de computação, ainda que não tenha definido o preço para o aparelho.
O Google Glass será vendido ao consumidor por preço "significativamente" abaixo dos US$ 1.500 que a empresa está cobrando pelas versões de teste que colocará à venda para programadores a partir do começo do ano que vem, anunciou o cofundador da empresa, Sergey Brin.
Ele demonstrou os óculos em uma conferência anual do Google para programadores, na quarta-feira, em San Francisco, oferecendo mais informações sobre a tecnologia futurista que o Google havia anunciado em abril. Na ocasião, o Google também exibiu seu primeiro tablet, que chegará às lojas na metade de julho por US$ 199, em meio a um disputado mercado liderado pelo Kindle Fire, da Amazon, e pelo iPad, Apple.
O Google Glass consiste de uma tela eletrônica do tamanho de um selo postal montada do lado esquerdo de uma armação de óculos; o aparelho pode gravar vídeos, acessar e-mails e mensagens e obter informações na web.
Em uma demonstração audaciosa da tecnologia, diversos paraquedistas equipados com os óculos saltaram de um dirigível e pousaram no topo do Moscone Center, em San Francisco, transmitindo um vídeo ao vivo do que estavam fazendo para a plateia.
Jornalistas fizeram fila para experimentar os óculos que Brin estava usando, e com eles puderam assistir a um vídeo de fogos de artifício, exibido na pequena tela. A perspectiva do vídeo muda à medida que o usuário mexe a cabeça.
O Google Glass pesa menos que alguns modelos de óculos de sol e contém um chip de rede sem fio e as demais tecnologias tipicamente encontradas em um celular inteligente --exceto o rádio de telefonia celular, disseram executivos do Google.
A bateria é menor que a de um celular, mas o Google está trabalhando para conseguir que ela dure um dia inteiro.
Brin afirmou que prevê que os óculos estejam disponíveis para consumidores menos de um ano depois do lançamento do modelo de teste.
O Google ainda está testando diversos aspectos do produto, entre os quais um sistema de navegação via tela e a reprodução de mensagens de texto por voz, disse Brin.
Em resposta a uma pergunta, ele afirmou que não há planos de veicular qualquer tipo de publicidade no aparelho.
Um novo serviço do Google Maps, serviço de geolocalização da empresa, vai acabar com a privacidade de empregados que trabalharam fora dos escritórios das suas empresas, como motoboys, entregadores de pizza, carteiros, técnicos de TV a cabo e até executivos em viagem de negócios.
Segundo o site da revista "Wired", o Google anunciou uma ferramenta que vai permitir ao empregador rastrear a localização de seus funcionários e traçar a rota que eles fazem pelo GPS de smartphones.
A tecnologia possibilita, por exemplo, que uma transportadora de móveis ou uma empresa terceirizada de TV a cabo veja a rota que seus empregados estão traçando para entregar as encomendas e visitar os clientes, respectivamente, em tempo real.
O Google diz que a privacidade e a segurança dos funcionários estarão preservadas, pois o sistema pode ser desabilitado fora do expediente de trabalho e os dados serão criptografados e armazenados nos servidores da empresa.
Inicialmente, o serviço estará disponível apenas para aparelhos com Android, sistema operacional do próprio Google. Uma versão para iOS, da Apple, será lançado no futuro.
John Sculley, ex-presidente-executivo da Apple, disse que Steve Jobs e Bill Gates lhe falavam com frequência sobre possíveis inovações tecnológicas, mas nunca sobre formas de enriquecer.
"Em nenhuma das muitas conversas que tive com os dois eles falaram sobre como fazer dinheiro. A consequência podia ser fazer dinheiro, mas nunca o objetivo."
Sculley deu palestra no evento Info@trends nesta quinta-feira (21), em São Paulo, sobre o tema "Como grandes ideias surgem nas empresas".
Para lançar o Macintosh, em 1984, Steve Jobs não quis fazer pesquisa de mercado, segundo Sculley. Jobs dizia: "Como posso perguntar a consumidores como um computador deve ser se eles nunca viram algo parecido antes?"
Especialista em publicidade, Sculley disse que não lidava muito com tecnologia antes de 1983, quando foi convidado por Jobs para assumir o comando da Apple. O convite surgiu por conta da muito bem-sucedida estratégia de marketing que Sculley idealizou para a Pepsi na década de 1970. "Não sabia nada sobre computadores. Experiência de consumidor era minha especialidade."
No começo de 1984, durante a final do Super Bowl (evento de futebol americano mais popular do mundo), uma propaganda inspirada no livro "1984", de George Orwell, foi veiculada na TV americana. "Em 24 de janeiro, a Apple vai lançar o Macintosh, e 1984 não será como em 1984", dizia a campanha.
"Era a primeira propaganda de um dispositivo tecnológico que não falava sobre tecnologia", afirmou Sculley.
Segundo ele, grandes inovadores têm em comum a "curiosidade insaciável" e a "paixão por mudar o mundo". Ele disse que fracassar não é um problema e listou em um dos slides de sua palestra os fracassos de Steve Jobs: o Apple 3, o Lisa, o Macintosh 1985, o Mac Office 1985, o Next Cube 1.0 e o Power Mac G4 Cube.
Novos empreendedores do ramo de tecnologia, de acordo com Sculley, foram muito favorecidos pela computação em nuvem, por não precisarem de servidores próprios. "Antes, eram necessários milhões de dólares. Hoje um estudante com um computador pode criar uma empresa."
Para Sculley, não é imprescindível que os grandes inovadores de hoje do ramo tenham muito conhecimento de tecnologia, como era o caso anos atrás. "Os atuais empreendedores não precisam ser engenheiros. A engenharia já está toda feita", afirmou.
Uma lei aprovada no dia 24 de maio pelo governo etíope criminaliza o uso de serviços de VoIP (voz sobre IP) no país, e acordo com a agência de notícias Al Jazeerad.
Usuários do gênero de serviço, que inclui, por exemplo, o Skype, poderão ser presos por até 15 anos conforme a lei.
Segundo a Al Jazeera, especula-se que há dois motivos principais: a preocupação com a segurança nacional e a possibilidade de que o Skype enfraqueça o serviço estatal de telecomunicações.
A agência também afirma que o protecionismo em relação ao setor de telecomunicações já ficou evidente em outras ocasiões, e que, segundo muitos etíopes, a nova medida é só o último passo de uma tendência.
