O escritor Paulo Coelho pediu nesta quarta-feira (22) ao mundo editorial maior flexibilidade em relação ao conteúdo grátis na internet e que abandone uma concepção rígida dos direitos autorais de propriedade intelectual.
"Estão tentando deter algo que não se pode interromper", disse Coelho durante a Campus Party, feira de tecnologia que está sendo realizado em Berlim.[
"Não devemos controlar conteúdos, mas compartilhá-los. Com mais conteúdos compartilhados, mas conteúdo será recebido", disse o escritor.
Desde 2005, Coelho oferece parte de sua obra de graça na internet, e segundo ele a iniciativa melhorou as vendas de seus livros.
O escritor considerou que atualmente, da mesma forma que ocorreu nos tempos da invenção da imprensa, existe medo pela perda do controle do conhecimento.
Em uma medida para regular como os usuários acessam seu serviço de microblogs, o Twitter anunciou novas restrições que desencorajam fortemente produtores de software independentes de criar aplicativos para a plataforma.
A decisão não deve afetar imediatamente como os atuais usuários do Twitter acessam o serviço, mas as novas regras vão provavelmente atrair novos usuários para os aplicativos do próprio serviço de microblogs, sinalizando um fim gradual para populares programas de terceiros, como o Tweetbot.
O Twitter, que está buscando ampliar o controle sobre sua plataforma enquanto tenta se transformar em uma empresa de mídia digital sustentada por receitas publicitárias, tem dividido círculos do setor de tecnologia sobre sua estratégia.
Não mais apenas um serviço para mensagens de 140 caracteres, o Twitter acredita que pode fornecer mais conteúdo interativo se a maioria de seus usuários utilizarem programas sancionados pela empresa para acessarem o serviço. Mas isso tem criado críticas de produtores de software e dos usuários, muitos dos quais preferem aplicativos independentes como Hootsuite, Uber e Tweetbot.
Sob as novas regras, produtores independentes de software que criarem novos aplicativos para o Twitter terão permissão para terem um máximo de 100 mil usuários. Os atuais aplicativos com mais de 100 mil usuários poderão dobrar a base antes que o serviço imponha um limite rígido.
As novas regras, publicadas na quinta-feira, atraíram uma forte onda de críticas de usuários e desenvolvedores de software. Mas não chegam a ser uma surpresa. No mês passado, o Twitter sinalizou intenções de controlar mais sua plataforma quando encerrou acordo de licenciamento que permitia a exibição de tuítes no site da rede social LinkedIn.
Distrito há até pouco tempo ignorado pelas construtoras, o Brás (região central) começa a aparecer no mapa dos lançamentos da cidade de São Paulo. Há algumas razões para isso: terrenos mais baratos, boa infraestrutura de transporte público, proximidade com o centro e projetos de revitalização.
Levantamento da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) aponta que de 2008 a 2011 houve cinco lançamentos no Brás.
De janeiro deste ano até fevereiro de 2013, a previsão é que o bairro tenha recebido seis lançamentos (projetos na planta, com vendas iniciadas) --três deles neste mês, segundo levantamento feito pela Folha com construtoras e incorporadoras.
É pouco? Não se for levado em conta que houve apenas um lançamento no bairro entre 2000 e 2007.
Brás aposta em projetos de revitalização
"O mercado imobiliário busca locais onde haja potencial de crescimento. Isso atrai pessoas que querem comprar um apartamento que vai se valorizar rapidamente", afirma Paola Alambert, diretora de marketing da imobiliária Abyara Brokers, que comercializa hoje três lançamentos na região.
Henrique Antônio, superintendente de atendimento da imobiliária Lopes, aponta que, nos lançamentos nos últimos três anos, 97% das unidades lançadas no Brás foram vendidas.
CARA NOVA
"Eu me lembro de ver muitos caminhões, galpões abandonados e botecos no bairro. Não havia atrativos e área de lazer fora dos condomínios."
Quem lembra é o professor de música Ricardo Vinícius Mantovani, 28, que passou parte da adolescência caminhando com os colegas pelas ruas do Brás, até se mudar com a família para a Mooca.
Ao visitar o bairro com a reportagem da Folha, Mantovani não percebeu mudanças. "Ainda é mesmo um lugar feio", disse.
Se ainda não se alterou muito aos olhos do professor de música, incorporadoras e compradores afirmam que o Brás deve mudar --para melhor-- nos próximos anos.
Antonio Setin, diretor-geral da construtora Setin, que lançou em junho o Estação Brás, aposta que o bairro irá passar por um círculo virtuoso graças aos projetos de revitalização planejados pelo poder público e aos empreendimentos a serem erguidos pelas construtoras.
"Com os imóveis já entregues e com os projetos públicos, daqui a cinco anos o bairro estará melhor. Novos empreendimentos devem surgir, atraindo mais melhorias."
Segundo Setin, o bairro ficará mais interessante para quem quer morar --e mais lucrativo para os compradores que desejam aproveitar os preços de hoje para vender no futuro por um valor maior.
Foi pensando nisso que o bancário Wagner Dornelas, 53, morador de Poá (Grande São Paulo) adquiriu um apartamento no Brás por cerca de R$ 300 mil. Ele não vai residir no local e pretende vender o bem. "Acho que vou conseguir mais à frente o dobro do que paguei agora", calcula.
O lojista Luiz Carlos Da Silva, 26, vive na Bela Vista e comprou um imóvel no Brás para morar, mas também mira o futuro. "Sem a perspectiva de revitalização, eu não me mudaria para lá, mesmo sendo perto do centro."
Marcos França, diretor comercial da Requadra, que lançou o Sampa, assinala que a demanda maior é de jovens universitários que trabalham na região central, mas que há compradores da cidade toda.
MEMÓRIA
Nick Dagan, diretor de Incorporações da Esser, que lançou o Capital Brás, afirma que indústrias e galpões vão dar lugar a novos empreendimentos, se os atuais venderem bem. "Vai ser o mesmo processo pelo qual a Mooca e a Lapa passaram."
Para Paola Alambert, diretora de marketing da Abyara. "quando se derruba um galpão, já se percebe a melhora."
A urbanista Eunice Helena Abascal pondera: "O bairro tem um patrimônio industrial que é parte da memória de São Paulo encravado em uma região que, ao mesmo tempo em que é visada pelo mercado, continua degradada, com cortiços e sub-habitações e escassez de áreas verdes".
Às 17h do último dia 3, os dados do iPhone de Mat Honan, repórter da revista "Wired", foram apagados. Um minuto depois, foi a vez de seu iPad. Às 17h05, todas as informações armazenadas em seu MacBook Air também viraram fumaça.
A sequência de ataques foi feita remotamente por um hacker, que se identifica como Phobia, e fulminou a vida digital do jornalista.
Além de fotos, apps e outros arquivos nos dispositivos, as contas no iCloud, no Twitter e no Google foram sequestradas. O mais assustador é que nenhuma senha foi violada por programas ou pragas virtuais.
O criminoso se aproveitou de descuidos primários de Honan e de falhas da Apple e da Amazon em proteger informações de seus usuários.
O alvo inicial era a conta do jornalista no Twitter, que indicava no próprio perfil um endereço do Gmail para interessados em fazer contato. O hacker supôs que os dois serviços estivessem ligados -para sequestrar o Twitter, seria preciso invadir o Gmail. Ele, então, pediu uma nova senha para o Google, que indicou parte do endereço secundário a recebê-la, o "mn@me.com", do serviço de e-mail da Apple. O próximo passo era ter acesso à ID Apple.
A ajuda veio pelas mãos do serviço de assistência AppleCare, que fornece senhas provisórias por telefone mediante três informações pessoais: e-mail, endereço de cobrança e quatro últimos dígitos do cartão de crédito.
O primeiro item era fácil de adivinhar. O segundo foi encontrado com uma busca rápida pela rede. O terceira foi obtido na Amazon.
Pelo telefone, Phobia pediu à loja virtual que inserisse um novo número de cartão de crédito na conta do jornalista. Precisou apenas indicar e-mail e endereço físico.
O criminoso, então, voltou a ligar para a Amazon pedindo uma nova senha, que foi concebida com dados de Honan que ele já tinha em mãos. Ao entrar na conta da Amazon, o hacker conseguiu os quatro últimos dígitos do cartão ligado à ID Apple.
Em seguida, houve a sequência de invasões, que resultou na destruição da vida digital do repórter.
Desde então, Honan já recuperou as contas no Twitter e no Google. Ele mandou o MacBook para a assistência técnica, mas não sabe se será possível recuperar os arquivos pessoais.
Em resposta, a Amazon diz ter encerrado o serviço de acrescentar cartões via telefone. A Apple tomou medida parecida e suspendeu a emissão de senhas por telefone.
Mais de um em cada 12 perfis do Facebook são potencialmente falsos. Segundo dados publicados pela própria empresa, cerca de 83 milhões das 955 milhões contas de usuário que tem a rede social (8,7% do total) podem ser falsas.
Para a empresa, 28% dos perfis falsos são "contas mal classificadas", como animais de estimação e empresas --que deveriam ganhar uma "página" ao invés de um perfil.
A rede social estima que contas "extras" --a segunda conta de uma pessoa que já tem um perfil-- representem 55% dos perfis falsos.
O restante dos cadastros impróprios (cerca de 1,5 milhão) é composto por "indesejáveis": pessoas mal-intencionadas que se valem de um "fake" para enviar propaganda ou aplicar golpes.
"Geramos a maior parte de nossa receita a partir de publicidade", lê-se no documento. "A [eventual] perda de anunciantes [decorrente de um número substancial de perfis falsos] poderia seriamente comprometer nosso negócio."
"Acreditamos que o número de contas falsas em mercados desenvolvidos como EUA e Austrália sejam significantemente mais baixo que em mercados em desenvolvimento, como Indonésia e Turquia", diz o relatório.
"Contudo, essas estimativas se baseiam em análise interna de uma limitada amostra de perfis, verificando nomes que parecem ser inverídicos ou outros comportamentos que parecem ilegítimos."
Os dados foram divulgados em um relatório feito público pela SEC (Securities and Exchange Comission, equivalente à brasileira Comissão de Valores Mobiliários).
O Facebook foi alvo de investigação desde sua oferta pública inicial de ações, que aconteceu em fevereiro.
Seus papéis se desvalorizaram significantemente desde então: valiam US$ 38 e, hoje, têm preço de pouco menos de US$ 21.