A Sharp começará neste mês a despachar as telas do iPhone que a Apple muito provavelmente lançará até outubro, antes da pré-temporada de compras de fim de ano.
"Os embarques começarão em agosto", declarou nesta quinta-feira o novo presidente da fabricante japonesa, Takashi Okuda, sem especificar um dia.
A Apple está planejando um grande anúncio para 12 de setembro, o que alimenta os rumores de que a mais valiosa companhia de tecnologia do mundo apresentará um novo iPhone.
A Sharp, que a Apple creditou no ano passado como fornecedora, é uma das três companhias que devem fabricar a tela do novo smartphone, ao lado de LG Display e Japan Display.
A Apple dará uma tela maior para o iPhone após a Samsung Electronics ter lançado o mais recente Galaxy com um visor de 4,8 polegadas.
Fontes haviam adiantado à Reuters que a tela terá uma diagonal de quatro polegadas, 30% a mais do que nos atuais iPhones.
A Samsung teve lucro operacional recorde de 5,8 bilhões de dólares no trimestre até junho, beneficiada pelas fortes vendas do novo celular.
A tela do iPhone será mais fina do que em versões anteriores graças à nova tecnologia "in-cell", que incorpora os sensores de toque à tela de cristal líquido, eliminando assim a camada de toque usada nos iPhones atuais.
Samsung e Apple se enfrentaram nesta quinta-feira no começo de um julgamento importante em meio à briga por patentes em que a companhia norte-americana acusa a sul-coreana de se apropriar de recursos como multitoque e rolagem de tela.
O Google anunciou nesta quinta (6) a instalação no Chile de seu primeiro centro de dados para a América Latina, com um investimento de US$ 150 milhões, que permitirá aos usuários da região ter um melhor acesso aos serviços da empresa.
"Estamos construindo este centro de dados para garantir que nossos usuários da América Latina e de todo o mundo tenham o acesso mais rápido e confiável possível a todos os serviços do Google", informou a empresa em um comunicado divulgado nesta quinta-feira em seu site.
O centro de dados será localizado em Quilicura, norte da região metropolitana de Santiago, onde "serão instalados computadores que trabalharão 24 horas por dia", e que "armazenarão grandes quantidades de informação" para o melhor acesso de seus usuários, informou Adriana Noreña, diretora do Google na América Latina, durante o lançamento realizado nesta quinta-feira na capital chilena.
Noreña explicou que o Chile foi escolhido, devido a suas "condições técnicas, de localização, conectividade, regulamentação, acesso e apoio à inovação e aos investimentos estrangeiros".
O escritório do Google no Chile também desenvolverá negócios de publicidade e marketing a nível regional, e desenvolverá aplicativos para celulares, acrescentou a empresa.
O Google também possui escritórios na Argentina, Brasil, Peru, Colômbia e México.
Alguns fabricantes de celulares estão discretamente estudando alternativas ao sistema operacional Android, implicado na decisão do julgamento de patentes entre Samsung e Apple, dizem observadores do setor, a despeito de seus pronunciamentos públicos de que manterão a tecnologia.
Na semana passada, um tribunal dos Estados Unidos decidiu que alguns aparelhos Android da Samsung Electronics violavam patentes da Apple --o que representou sério revés para a principal plataforma de software para aparelhos móveis, porque pode conduzir a restrições de venda e a altos encargos de licenciamento.
O impacto também pode atingir fabricantes menores que usam o Android, como a HTC, ZTE e Sony. O Android é usado em mais de dois terços dos smartphones.
Huawei Technologies, Sony, Lenovo e ZTE --todas grandes usuárias do Android-- informaram à Reuters que continuavam a apostar na plataforma do Google, apesar da decisão.
"(A decisão) não é relevante para o que estamos fazendo", disse Chris Edwards, diretor de desenvolvimento de negócios da ZTE na Europa.
Mas à medida que o mercado móvel amadurece e mais processos de patentes se tornam prováveis, alguns fabricantes começam a buscar alternativas.
A Samsung, que usa diversas plataformas de software mas hoje concentra suas atenções no Android, anunciou um novo aparelho acionado pelo software Windows Phone 8, da Microsoft, durante uma conferência de tecnologia na quarta-feira, se antecipando ao muito aguardado lançamento de um novo celular Nokia equipado com o Windows, na semana que vem.
As ações da Nokia, que formou parceria com o Windows e é seu principal usuário no setor móvel, subiram depois da decisão do caso da Samsung, devido à expectativa de que o software da Microsoft seja uma aposta jurídica mais segura que o Android.
O júri da Califórnia decidiu que a Samsung havia violado seis das sete patentes da Apple em questão no processo, incluindo uma tecnologia que reconhece se o usuário tem um ou dois dedos encostados à tela, além de patentes sobre a superfície frontal do aparelho e o design dos ícones de tela, o que representa clara referência a tecnologias do Google.
Depois do veredicto, o Google afirmou que a maioria das patentes em questão não se relaciona ao cerne do sistema operacional Android.
A Philips anunciou hoje sua nova linha de TVs --primeiros rebentos da parceria da empresa holandesa com a chinesa TP Vision, em evento para apresentar ao mundo a parceria que oficialmente tem cinco meses.
A maior novidade é a PFL 9707, uma televisão de LED em Full HD inteligente. Ela tem um controle remoto que integra um teclado QWERTY na sua traseira e comandos sem fio que imitam a setinha de um mouse.
Conectada à internet, ela permite tuítes sobre a programação e acesso a serviços de streaming. Ela também utiliza a tecnologia ativa para reprodução de conteúdo 3D.
Apesar de frustar as expectativas de quem aguardava um grande anúncio, a taxa de atualização do aparelho de 1.200 Hertz, que deixa as imagens e movimentos ficam mais nítidas, impressionou. Está disponível em 46 e 60 polegadas.
A outra TV, a PFL 6900, chama a atenção por quase eliminar as bordas em torno da tela. Ambos modelos tiram proveito do aplicativo MyRemote, que permite controlar a TV da tela do tablet e do smartphone. Compatível com Android e iOS, o app também permite o streaming da TV para dispositivos móveis que estejam na mesma rede Wi-Fi.
No ano passado, uma crise forçou a Philips cortar gastos, o que colaborou para a venda 70% da sua divisão de televisores para a TP Vision --grupo que também administra a marca AOC.
Os anúncios foram feitos em evento que antecede a IFA, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo. Ela ocorre entre sexta (31) e quarta-feira (5).
Eles inspiraram um boom na criação de conteúdo pessoal com a ferramenta de blogs Blogger e depois convenceram o mundo a se comunicar nos 140 caracteres do Twitter. Agora, Ev Williams e Biz Stone lançaram mais dois sites --Medium e Branch, ainda em testes, propondo um "salto evolutivo" no compartilhamento de conteúdo on-line.
Williams e Stone continuam a ser diretores do Twitter, mas estão envolvidos em novos empreendimentos por meio da Obvious Corporation, uma incubadora sediada em San Francisco. Mas o que são Medium e Branch?
O serviço Medium funciona para coleções e lembra visualmente outra rede social, o Pinterest. Por enquanto, o acesso é apenas para convidados, mas em breve todos os interessados poderão iniciar uma coleção e divulgar fotos ou textos.
As coleções são mostradas em um formato de grade, altamente visual, e o post mais bem classificado pelos usuários sempre surge no topo.
O acesso ao Medium é via conta do Twitter, e as pessoas podem, além de incluir suas imagens, ler, ver e votar no conteúdo da rede.
Por exemplo, Williams criou uma coleção de fotos nostálgicas, mas qualquer pessoa com conta no Twitter pode contribuir. As coleções podem ser privadas --para compartilhar com um grupo-- ou públicas, abertas a todos. Eis algumas das coleções mais procuradas no site: "estive lá e adorei", "olha o que eu fiz" e "a coleção da Obvious [Corporation]".
O serviço Branch se define como uma tentativa de combinar a intimidade da conversa em uma mesa de jantar com o poder da internet.
É acessado também com a conta do Twitter e serve como local para que seus usuários conversem de modo mais aprofundado sobre temas específicos. Você pode criar seu "branch" ("galho") e convidar outros usuários do Twitter a aderir.
Por exemplo, MG Siegler, que mantém um blog sobre tecnologia, criou um "galho" para discutir vazamentos de notícias sobre produtos da Apple e convidou os titulares de outros dez blogs tecnológicos para discutir o assunto. Todos os usuários podem assinar para ler a conversa e receber atualizações.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
Medium e Branch parecem ter sido ambos desenvolvidos para atender a certas necessidades que surgiram devido à nossa sobrecarga de informações cotidiana.
Nenhum dos produtos tenta roubar público do Twitter, por motivos óbvios. Mas nem precisariam fazê-lo.
O Branch oferece a simplicidade do Twitter com uma conversação expansiva e especializada. É provável que seu sucesso seja avaliado mais pela qualidade da conversação e pelos índices de retorno de usuários do que pelo número de assinantes.
O Medium tampouco pretende servir como depósito para fotos pouco nítidas de zilhões de usuários.
O interessante será determinar como o Medium e o Branch afetarão o Tumblr, um serviço de blogs simples para o qual a maior ameaça é afundar por conta de conteúdo de baixa qualidade postado sem consideração.
MEDIUM
Site para compartilhar foto, vídeo e texto com visual simplificado e sistema de avaliação coletiva. Pode-se dizer que é uma mistura entre os sites Pinterest e Digg. A ideia é dar muito mais mérito ao conteúdo criado do que a quem o criou.
BRANCH
Fórum cujos tópicos são discutidos só por convidados, mas podem ser lidos por todos. Dá para assinar as discussões e receber as atualizações por e-mail. Cada uma das respostas pode ser ramificada, ganhando o status de uma nova conversa -daí seu nome, que em inglês significa galho.
Tradução de PAULO MIGLIACCI