Para o Facebook, é uma escolha óbvia explorar a grande lealdade de seus usuários, e o meio bilhão deles que têm celulares, como maneira de abrir o mercado móvel a anunciantes de primeira linha. O problema é que existem motivos para o sucesso limitado que a publicidade em aparelhos móveis obteve até o momento, e nenhum deles foi completamente resolvido.
Mesmo que o Facebook encontre sucesso, outros interessados nesse mercado potencialmente imenso podem continuar enfrentando problemas para extrair lucros dele.
No começo da semana, o Facebook anunciou novas maneiras para que empresas anunciem junto a seus usuários, o que inclui, pela primeira vez, publicidade móvel. Os feeds de notícias de seus membros passariam a incluir publicidade, como parte dos esforços da companhia para estabelecer fontes regulares de receita, em sua preparação para uma oferta pública inicial de ações.
A decisão pode ajudar a dar aos anunciantes acesso ao mercado de telefonia móvel, há muito visto como subutilizado, mas é improvável que resulte em abertura maior do mercado como um todo.
Apesar da demanda reprimida entre os anunciantes --e da vasta discrepância entre o tempo de uso dos aparelhos móveis por seus anunciantes e as verbas publicitárias dedicadas a essa forma de mídia--, continuam a existir fortes barreiras à publicidade em celulares.
O mercado móvel se provou quase impenetrável para os anunciantes, exceto em anúncios vinculados a resultados de buscas do Google, por uma série de razões, entre as quais as telas pequenas, a falta de bons sites com formato adaptado aos aparelhos móveis e a resistência à invasão comercial de um espaço visto como mais privado que a tela de um computador.
Há muitas experiências em curso nas operadoras de telecomunicações, agências de publicidade e produtoras de software, a fim de encontrar caminhos para prover anúncios personalizados aos usuários com base em sua localização, e para aproveitar o boom nas vendas de celulares inteligentes, mas sem criar rejeição entre os usuários.
O Facebook pode se sair bem em um campo no qual outras empresas fracassaram porque os anúncios surgirão em forma de notícias quando um usuário tiver "curtido" uma marca ou comprado um produto via Facebook, o que faria com que considerassem a mensagem mais como recomendação pessoal do que como anúncio.
O Twitter bateu nesta quarta-feira (22) a marca de 500 milhões de usuários registrados, segundo o Twopcharts, site especializado em análise de dados do microblog.
Somente nas últimas 24 horas, foram criadas 960 mil novas contas e por segundo são registradas em média 13 novos perfis, ainda segundo o site.
A última vez que o Twitter compartilhou o número de usuários registrados foi em abril do ano passado, quando o número de usuários registrados era de 200 milhões.
O Twitter não confirmou oficialmente a informação e não comentou a metodologia utilizada pelo Twopcharts. No site oficial do serviço há apenas dois dados: 100 milhões de usuários ativos e 250 milhões de tuítes enviados por dia.
A Google vem desenvolvendo futuristas óculos equipados com o sistema operacional Android, com conexão à internet e software de realidade aumentada, podendo lançá-los ainda este ano, segundo informou nesta quarta-feira o jornal "Los Angeles Times".
A notícia, que não foi confirmada pela Google, tem como fontes funcionários anônimos da empresa que, aparentemente, estariam ao corrente das secretas atividades de seus engenheiros.
Os óculos, já apelidados de "smart glasses" ("óculos inteligentes"), permitirão ao usuário ver as coisas de forma diferente, com as informações adicionais que o dispositivo fornecerá.
O novo produto contará com uma câmera integrada para recolher imagens que irão interagir com bases de dados, assim como o serviço GPS da Google, e os resultados das buscas serão projetados nas próprias lentes.
A conexão à internet será feita através de tecnologia 3G ou 4G, bem associada a outro dispositivo Android, como um telefone ou com sua rede própria.
Segundo alguns blogs, a experiência é muito similar à dos robôs da saga cinematográfica "O Exterminador do Futuro".
Nos afazeres domésticos, na medicina, lazer ou em linhas de montagem, os robôs evoluem cada vez mais em seu objetivo de se adaptar às necessidades do ser humano, como mostra
nesta semana uma grande feira deste setor futurista em Tóquio, no Japão.
A Exposição Internacional de Robôs, realizada a cada dois anos nos pavilhões do centro de convenções Tokyo Big Sight, abriu na quarta-feira (9) suas portas para apresentar as últimas
novidades de mais de 270 empresas do setor.
Na feira, serão exibidos robôs capazes de servir bebidas no balcão de um bar, resgatar vítimas de um acidente, fazer o papel de dóceis animais de estimação cibernéticos e inclusive
humanoides capazes de cantar.
Com o tema "Construindo um futuro com robôs", a 19ª edição desta exposição abrange todas as áreas para mostrar a cada vez mais estreita relação entre as atividades profissionais e
cotidianas do ser humano e seu aliado tecnológico.
Uma parte da exposição é dedicada à robótica industrial, com robôs específicos para a indústria automobilística, uma das principais do Japão, capazes de montar peças, soldar e pintar.
Os robôs, com uma aparência cada vez mais humana e maior eficácia em relação ao meio ambiente, demonstram também suas habilidades na seleção e empacotamento de remédios e
alimentos, com uma velocidade e precisão inalcançáveis para o homem.
O Japão, um dos países com maior índice de longevidade, que possui 29,8 milhões de pessoas (23,3% da população) acima dos 65 anos, calcula que o mercado de robôs para a assistência
de idosos crescerá nos próximos 25 anos cerca de 45,5 bilhões de euros.
Na feira, um dos grandes destaques são os robôs de limpeza doméstica e os "animais de estimação" terapêuticos, como os ursos de pelúcia com câmeras nos olhos, capazes de reconhecer
gestos, manter contato visual e reagir às palavras de seu dono.
Na área de entretenimento, os destaques são os androides como o HRP-4C, do Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada e Tecnologia de Tóquio, que tem a aparência de uma jovem
japonesa que exibe aos visitantes suas habilidades para cantar, atuar e posar para fotos.
Nesta edição da Exposição Internacional de Robôs, o país convidado é a Alemanha, primeiro mercado europeu e terceiro mundial dessa indústria, que apresentou, em sociedade com a
FESTO, um braço biônico com aplicações industriais e domésticas, cujo design é inspirado na tromba de um elefante.
O robô, da empresa Fraunhofer IPA, é "um exemplo da inovação e da pesquisa alemã", disse à agência Efe Marko Kolbe, um dos responsáveis da Agência Alemã de Comércio Exterior e
Investimentos enviado a Tóquio.
A exposição terminará no próximo sábado com bailes de robôs e exibições de filmes como "Transformers", que narra a luta entre duas raças de robôs que vivem na Terra disfarçados de
veículos.
A tecnologia muitas vezes desenvolve maneiras de resolver os problemas que cria, e existe um problema que precisa de solução.
A invenção do smartphone criou um mundo no qual milhões de pessoas passeiam pela vida olhando o tempo todo para seus aparelhos, como Narciso à beira do lago.
Sei disso porque sou uma delas.
E não é provável que elas mudem de hábito no futuro próximo. É realista supor que fiquemos mais e mais absortos na Tela. A tecnologia terá de resolver esse problema, e o fará criando
computadores de vestir.
"Computadores de vestir" é um termo amplo. Tecnicamente, um relógio eletrônico sofisticado é um computador de vestir. Mas a versão definitiva dessa tecnologia será uma tela que de
algum modo complemente nossa visão com informações e acesso a mídias.
Ao longo dos últimos 12 meses, a Apple e o Google começaram secretamente a trabalhar em projetos que resultarão em computadores de vestir. O objetivo principal das duas empresas é
vender mais smartphones. (No caso do Google, vender mais celulares significa que mais anúncios são vistos.)
Google prepara óculos com realidade aumentada, diz
site
No Google X, o laboratório secreto do Google, pesquisadores estão trabalhando em periféricos que, ligados ao seu corpo ou à sua roupa, transmitiriam informações a um celular Android.
Pessoas que conhecem o trabalho dizem que o Google contratou engenheiros eletrônicos da Nokia Labs, da Apple e de cursos universitários de engenharia especializados em pequenos
computadores de vestir.
A Apple também realizou experiências com protótipos de produtos capazes de transmitir informações ao iPhone. Esses produtos conceituais também poderiam exibir informações em outros
aparelhos da Apple, como um iPod, que a Apple já está nos encorajando a usar no pulso, ao vender modelos Nano com mostrador de relógio.
Uma pessoa que conhece os planos da empresa me disse que "um pequeno grupo de funcionários da Apple" vem conceituando e até desenvolvendo protótipos de aparelhos de vestir.
Uma ideia em discussão é um iPod curvo e de vidro que seria usado em torno do pulso; as pessoas se comunicariam com ele usando o software de inteligência artificial Siri.
O cérebro que une todas essas coisas é o smartphone, que, afinal, é praticamente o primeiro computador de vestir. Os pesquisadores apontaram que o aparelho raramente fica a mais de
um metro de distância do usuário. À noite, costuma ficar a centímetros da cama e, para muita gente, substituiu o despertador.
Como resultado, ele servirá de polo central à nossa coleta e compartilhamento de informações. Pense nele como um campo de força que nos envolverá onde estejamos, transmitindo
energia e acesso à internet a sensores e telas afixados às nossas roupas.
"Anos atrás, os pesquisadores imaginavam minúsculos computadores que transmitiriam informações à internet", disse Yael Maguire, cientista visitante no MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts) e na Universidade Harvard. "Não veio como imaginávamos, mas aconteceu: são os smartphones."
Michael Liebhold, pesquisador sênior especializado em computadores de vestir no Instituto do Futuro, em Palo Alto, Califórnia, prevê que o próximo passo para a tecnologia é misturar o
mundo real e o virtual.
Ao longo dos dez próximos anos, diz, é possível que as pessoas passem a usar óculos com telas incorporadas e, eventualmente, lentes de contato com telas funcionais.
"A meninada vai brincar com jogos virtuais com os amigos, nos quais eles correm por um parque e perseguem criaturas virtuais, acumulando pontos", disse.
A moda deve ser uma das primeiras áreas a sofrer perturbações. Imagine adolescentes que possam desenhar seus trajes virtuais, visíveis por outras pessoas vestindo telas transparentes
(head-up displays).
Pais, professores e amigos poderiam ver roupas completamente diferentes. Por exemplo, meus amigos poderiam me ver como um grande gato rosado de bustiê, mas meu chefe me veria
com um elegante terno italiano.
Pelo menos espero que seja isso que ele venha a ver.
A alternativa, temo, poderia requerer nova solução tecnológica.
Tradução de PAULO MIGLIACCI