A Amazon está produzindo filmes e programas de TV, utilizando os recursos de rastreamento de preferências de consumidores e de processamento de dados que desenvolveu em seu percurso para se tornar a maior companhia mundial de varejo via internet.
A Amazon está essencialmente promovendo o "crowdsourcing" para a criação de conteúdo original --filmes como "Zombies vs. Gladiators" e a série de TV infantil "Magic Monkey Billionaire".
O grupo de varejo espera que essa abordagem resulte em maior número de sucessos e menos fracassos do que a prática usual de Hollywood de filtrar ideias criativas por meio de almoços regados a martínis entre os dirigentes de estúdios e os astros de cinema.
Como a Netflix, sua rival na distribuição on-line de filmes, a Amazon está desenvolvendo conteúdo próprio a fim de suplementar os filmes e programas de TV adquiridos de Hollywood. A Amazon paga cerca de US$ 1 bilhão ao ano, estima-se, por licenças de transmissão de conteúdo produzido por terceiros, no serviço de vídeo por streaming Prime Instant.
Desde o final de 2010, a produtora da empresa, Amazon Studios, vem permitindo que aspirantes a cineasta e roteiristas subam milhares de roteiros para seu site.
A Amazon tem uma opção exclusiva de compra desses roteiros cinematográficos com prazo de 45 dias e ao preço de US$ 200 mil; roteiros para programas de TV têm preço de US$ 55 mil. A empresa também pode pagar US$ 10 mil e prolongar por 18 meses seu prazo de exclusividade.
Em lugar de aprovar a produção de um longa-metragem ou piloto de série, a Amazon primeiro desenvolve os roteiros sobre os quais adquire opções como vídeos para teste.
Os vídeos são postados on-line para avaliação dos milhões de clientes da companhia. Os roteiristas utilizam esses retornos para ajustar seus textos, na esperança de melhorar as chances de criar uma obra de sucesso quando a Amazon dedicar milhões de dólares a transformar esses projetos em filmes ou programas de TV.
"Com sorte poderemos evitar os maiores fracassos", disse Roy Price, que comanda a Amazon Studios. "Nossa ideia pode ser de que o mundo precisa de um filme sobre patinação ou navios de guerra, mas nada garante que estejamos certos. Com os testes será possível determinar que as pessoas na verdade não querem saber desse ou daquele projeto. Se você o faz antes de investir US$ 200 milhões nisso, seria bom negócio. Bom para os clientes e bom para a empresa."
É um ano importante para a plataforma de blogs Tumblr. A empresa testa novas fontes de receita --uma delas é cobrar para que posts apareçam com mais destaque.
Os usuários contam com um painel em que enxergam o que todos os amigos e as pessoas nas quais têm interesse estão postando.
É com esse painel que a empresa pretende ganhar dinheiro, explica Gina Gotthilf, 26, diretora de desenvolvimento para América Latina.
O Tumblr tem diversas opções para promoção de posts; na mais barata, paga-se US$ 1 (R$ 2) para que o texto tenha mais destaque.
A plataforma também irá criar uma área no painel chamada "radar", no qual a equipe da empresa selecionará posts dos usuários da rede.
"Ainda não é uma opção no Brasil, mas vai aparecer na tela de todos os usuários."
Essa área será patrocinada, explica a diretora.
Ela conta que parte importante de seu trabalho é conversar com pessoas influentes e empresas para mostrar como a plataforma de blogs pode ajudá-los a promover seus negócios.
Segundo ela, algumas empresas foram convencidas, caso do restaurante Fasano e da grife carioca Farm.
Hoje, parte do faturamento vem da venda de telas de fundo com estilos diferentes de layout. "E há investidores que mantêm a empresa funcionando", diz Gotthilf.
Nos EUA, os blogs do Tumblr têm cerca de 44,7 milhões de visitantes por mês. O Brasil é o segundo em número de internautas, com 8,5 milhões (eram 6,2 milhões em março).
Apesar de o Brasil ser o segundo país onde há mais visitas aos sites da plataforma, Gotthilf é a única contratada na América Latina, e ela não diz se o número de funcionários por aqui vai crescer.
Um gamer-robô criado por pesquisadores da Universidade do Texas venceu nesta semana a primeira edição do concurso BotPrize de inteligência artificial, sediado na cidade de Austin, ao convencer juízes de que agia de maneira mais semelhante a um humano do que metade dos humanos com que foi comparado durante um teste cego.
A competição foi bancada pela desenvolvedora 2K Games e se deu dentro do jogo “Unreal Tournament 2004?, dentro do qual os robôs que competiam enfrentaram uns aos outros, além dos jogadores de carne e osso –sendo que estes últimos eram os próprios jurados.
Os gamers humanos usaram uma ferramenta para rotular os oponentes como entes virtuais ou reais. O robô vencedor, chamado UT^2 e criado pelo time do professor Risto Miikkulainen, foi quem ganhou mais etiquetas que o classificavam como uma pessoa.
O UT^2 foi taxado de “humano” 52% das vezes, enquanto seres pessoas propriamente ditas ficaram com nível médio de semelhança a comportamento humano de meros 40%.
“A ideia é avaliar o quanto somos capazes de criar jogadores virtuais (bots) que se comportam como gente”, disse Miikkulainen ao site “EurekaAlert!”.
O professor levará para casa US$ 7.000, assim como o pesquisador romeno Mihai Polceanu, que ficou empatado em primeiro lugar com os mesmos 52% de “humanidade”.
É um resultado entusiasmante –para não dizer assustador.
A Apple estreitou a diferença com a Samsung na venda de smartphones no mercado norte-americano nos meses que antecederam a chegada ao mercado do iPhone 5, conforme informou na terça-feira (2) a comScore, empresa que acompanha o segmento.
A Apple e os smartphones que utilizam o sistema operacional Android, do Google, seguem ganhando participação no mercado norte-americano, em detrimento dos aparelhos BlackBerry, fabricados pela canadense RIM.
A Samsung continuou sendo a marca de smartphones favorita dos norte-americanos, com estáveis 25,7% do mercado no final de agosto, enquanto que a participação da Apple aumentou a 17,1%, contra 15% em maio, segundo a comScore.
A Motorola e a LG apresentaram leve perda de mercado, situando-se a 11,2% e 18,2%, respectivamente, ao final de agosto.
O número de proprietários de smartphones subiu 6% no país, para 116,5 milhões, no período de três meses terminado no início de setembro.
Os celulares que utilizam o sistema operacional Android, da Google, continuaram sendo os mais populares, com crescimento de 1,7 ponto percentual do mercado, o que os situa como donos de 52,6% do total. A porção da Apple ganhou mais 2,4 pontos percentuais, subindo para 34,3%, de acordo com a comScore.
Espera-se que a participação da Apple no mercado norte-americano cresça ainda mais devido ao ritmo recorde de vendas de seu mais recente smartphone, o iPhone 5, lançado no mês passado.
De acordo com a comScore, a RIM perdeu 3,1 pontos percentuais de participação do mercado, para 8,3%, enquanto os smartphones que utilizam sistemas operativos Microsoft e Symbian (da Nokia) recuaram 0,4 ponto cada um, para 3,6% e 0,7%, respectivamente.
Se a Apple mantiver sua trajetória atual, na manhã do dia 9 de abril de 2015 algo de notável pode acontecer.
A data e o horário representam, segundo estatísticos e investidores, uma estimativa conservadora para o momento em que a Apple se tornará a primeira empresa do planeta a ultrapassar o valor de mercado de US$ 1 trilhão.
Outros analistas propõem estimativas ainda mais agressivas para o valor, que ontem estava em US$ 665 bilhões.
Para esse grupo, a marca de US$ 1 trilhão pode estar a menos de um ano de distância -16 de agosto de 2013.
Estimar quando, ou se, a Apple atingirá valor de mercado de US$ 1 trilhão se tornou um passatempo no mercado, mas é possível concordar com uma coisa: hoje, ela é a gigante das Bolsas.
Não muito tempo atrás, a Apple era uma companhia que fabricava computadores para atender a um nicho de mercado. De lá para cá, atropelou quase todas as companhias que encontrou em seu caminho, primeiro com os tocadores de música, depois com os celulares e mais recentemente com laptops.
Porém, existe outra possibilidade: a de que a Apple jamais atinja o US$ 1 trilhão.
"No pior cenário, a Apple pode sofrer o destino da Microsoft, que também passou por uma ascensão estonteante em seu valor, atingindo um pico no final de 1999", diz Michael Driscoll, presidente-executivo da Metamarkets, empresa de análise de dados.
"E, sob esse cenário, a marca jamais seria atingida."
Mesmo que não venha a ingressar em novas categorias de produtos, a Apple pode atingir o US$ 1 trilhão caso dobre suas vendas.
É uma meta difícil para uma companhia de grande porte, mas em certos aspectos já está acontecendo. Segundo dados recentes, o iPad responde por 70% do mercado de tablets. A consultoria BTIG Research prevê que a Apple vai vender 45 milhões de iPhones neste trimestre.
Ela também quer ampliar sua rede mundial de varejo e pretende continuar a crescer na China, onde boa parte da população que já tem celular está agora trocando por modelos inteligentes.
Tradução de PAULO MIGLIACCI