As vendas de tablets no Brasil cresceram 127% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, levando o país a alcançar a décima posição mundial em vendas de novos aparelhos, informou a empresa de pesquisa de mercado IDC nesta quinta (20).
De acordo com o levantamento, foram comercializados 769 mil tablets no Brasil naquele período, o que representa alta de 2% em relação ao segundo trimestre. A IDC projeta que, até o fim do ano que vem, o número de aparelhos comercializados alcance 5,4 milhões. Até o final de 2012, a expectativa é que sejam vendidos 2,9 milhões de tablets.
"No decorrer do ano, os tablets se consolidaram no topo da lista de desejos dos consumidores brasileiros e seguem com um crescimento sustentável e contínuo, apesar de um cenário econômico atual menos propício do que em períodos anteriores", disse em nota à imprensa o analista Attila Belav, da IDC.
Com o resultado, o país passou a constituir o décimo maior mercado de tablets no mundo, afirmou a IDC. Segundo a empresa, no terceiro trimestre de 2011 o país ocupava a décima segunda posição.
"A maioria dos consumidores brasileiros ainda está estudando quais tipos de tablets atendem às suas necessidades, oferecem uma boa experiência de uso e, principalmente, que se encaixam no seu poder aquisitivo", acrescentou o analista.
Entre os dispositivos vendidos, 46% custam menos de R$ 500, e 80% operam o software Android, desenvolvido pelo Google, informou o IDC.
A IGB Eletrônica, detentora da marca Gradiente, anunciou nesta terça-feira (18) lançamento de uma família de celulares inteligentes "iphone", nome também usado pela Apple em seus aparelhos, afirmando que recebeu o registro da marca pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) em 2008.
A IGB Eletrônica, que arrendou a marca Gradiente para a CBTD (Companhia Brasileira de Tecnologia Digital) no ano passado para levantar recursos e pagar credores, afirmou em comunicado ao mercado que "adotará todas as medidas utilizadas por empresas de todo o mundo para assegurar a preservação de seus direitos de propriedade intelectual" no Brasil.
À Folha, a Apple disse que não comentaria o caso.
No site da Gradiente, a companhia exibe um modelo equipado com o sistema operacional Android 2.3, do Google, por R$ 599. O aparelho aceita dois chips de operadora celular e possui tela sensível ao toque de 3,7 polegadas.
A IGB não menciona a Apple em seu comunicado, mas afirma que "é detentora exclusiva dos direitos de registro sob da marca iphone no país".
Segundo a IGB, o pedido de registro da marca foi feito junto ao Inpi em 2000, mas a concessão dos direitos sobre o nome iphone ocorreu apenas em janeiro de 2008. "A companhia teve seu registro concedido pelo órgão federal e passou a deter os direitos exclusivos de produção e comercialização dessa marca até 2018."
Representantes da Apple e da IGB não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. A companhia norte-americana lançou a primeira versão do iPhone em 2007.
A IGB afirmou no comunicado que a Gradiente não utilizou a marca iphone "até o momento porque sua prioridade foi promover a reestruturação de sua operação e permitir a retomada de seus negócios. Esse retorno aconteceu no início de 2012".
O total de pessoas com acesso à internet no Brasil é de 94,2 milhões, segundo pesquisa do Ibope. Os dados fazem referência ao terceiro trimestre de 2012.
É quase metade (48,5%) da população brasileira, que é de cerca de 194 milhões, segundo dados do IBGE.
Esse número considera as pessoas de 16 anos ou mais de idade com acesso em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, LAN houses e outros locais), mais as crianças e adolescentes (de 2 a 15 anos de idade) que têm acesso em domicílios.
A partir deste trimestre, o Ibope passou a incluir na medição do acesso geral as crianças e adolescentes de 2 a 15 anos de idade com acesso em casa. Sem considerar esse público, o número total com acesso no Brasil seria de 85,3 milhões no terceiro trimestre de 2012, representando crescimento de 2,4% sobre os 83,4 milhões do trimestre anterior e de 8,8% sobre os 78,5 milhões do terceiro trimestre de 2011.
O acesso no local de trabalho ou em domicílios chegou a 72,4 milhões no quarto trimestre de 2012, o que significou um aumento de 2,1% sobre os 70,9 milhões do terceiro trimestre de 2012 e de 14% em relação aos 63,5 milhões do quarto trimestre de 2011.
Quando se considera somente a medição em domicílios, o crescimento foi ainda maior. O número de pessoas que moram em domicílios com acesso à internet foi de 69,5 milhões no quarto trimestre de 2012, um aumento de 2,5% sobre o trimestre anterior e de 16% sobre o mesmo trimestre do ano de 2011.
Do total de pessoas que moram em domicílios com acesso à internet, 44,7 milhões foram usuários ativos em novembro de 2012. O crescimento foi de 3,1% sobre os 43,3 milhões de outubro de 2012 e de 14% sobre novembro de 2011.
Em casa e no local de trabalho, o número de usuários ativos chegou a 53,6 milhões em novembro de 2012, resultado de um aumento de 0,7% sobre o mês anterior e de 12% na comparação com novembro de 2011.
As categorias com maior crescimento no número de usuários únicos em novembro foram as de companhias aéreas, com aumento mensal de 11,4%; as de pagamento seguro de compras on-line, com evolução de 5,4%; e as de informações e produtos para animais domésticos, com crescimento de 14,1%.
O lançamento do novo iPad mini da Apple, nesta sexta-feira (2), atraiu multidões menores de Sidney a Nova York do que atraíram lançamentos de produtos anteriores da empresa.
O novo tablet da companhia não teve o lançamento marcado pelas longas filas de consumidores esperando horas e até dias para comprar os produtos.
A proliferação de dispositivos rivais comparáveis tem minado algum interesse pelo dispositivo, que custa mais do que os aparelhos rivais do Google e Amazon.
Algumas centenas de pessoas estavam na fila da Apple na Quinta Avenida, em Nova York, dias depois que a cidade foi atingida pelo furacão Sandy, uma das maiores tempestades já ocorridas nos Estados Unidos.
Em Amsterdã, duas horas após a abertura da loja da Apple, parecia um dia típico, sem filas do lado de fora da porta.
Funcionária posa com o novo iPad mini em loja da Apple em Seul, na Coreia do Sul
Cerca de 50 pessoas aguardavam a abertura loja da Apple em Sidney, Austrália, onde no passado a fila havia se estendido por vários quarteirões quando a empresa lançou novos iPhones.
Havia filas de cem pessoas ou mais fora das lojas da Apple em Tóquio, no Japão, e Seul, na Coreia do Sul, quando o dispositivo foi colocado à venda, mas quando a loja em Hong Kong abriu parecia que a equipe superava o número daqueles que esperavam na fila.
O iPad mini marca a primeira incursão da Apple no segmento de tablets menores e a mais recente ação em uma guerra global de dispositivos móveis com o Google, cujo software Android roda em tablets de diversos fabricantes, a Amazon e a Microsoft.
PAÍSES
O iPad mini chega nesta sexta aos Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgaria, Canadá, Cingapura, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Hong Kong, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Japão, Liechtenstein, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Porto Rico, República Checa, Romênia, Suécia, Suíça e Reino Unido.
A Apple vai transferir a produção de alguns de seus computadores Macintosh de volta para os EUA em 2013. Será a primeira vez em mais de uma década que seus produtos serão fabricados no país, e não apenas projetados.
A empresa californiana, a maior do mundo em valor de mercado, transferiu a maior parte da produção para a Ásia nos anos 1990. Ícone em tecnologia e inovação, a Apple recebeu críticas nos últimos anos por exportar empregos.
A maioria dos produtos é feita na China, pela Foxconn.
Tim Cook, o presidente-executivo da Apple, disse que a empresa investiria mais de US$ 100 milhões para devolver pequena parcela das operações industriais aos EUA.
A notícia levou a uma recuperação nas ações da Apple, que subiram ontem 1,6%. Na véspera, haviam caído mais de 6% devido a uma série de temores, entre os quais o potencial aumento dos tributos cobrados pelos EUA sobre o lucro no exterior. O valor de mercado chegou a ficar abaixo de US$ 500 bilhões pela primeira vez desde março.
"No ano que vem, traremos de volta ao país parte da produção do Mac. Estamos trabalhando nisso há muito tempo e estamos mais perto do objetivo", afirmou Cook à "Bloomberg Business Week".
Em entrevista à rede de TV NBC, que seria exibida na noite de ontem, Cook disse que seria difícil transferir toda a produção de volta aos EUA. "Não é tanto uma questão de preço, mas de capacitações."
Analistas afirmam que a decisão pode ajudar a Apple a proteger sua propriedade intelectual.
"Pela primeira vez desde o fim dos anos 1990, a Apple está tomando medidas para controlar as porções finais da cadeia de valor de que participa", disse Horace Dediu, analista na Asymco.
"É um pequeno passo inicial, mas se pode imaginar uma trajetória para esse esforço que traria resultados positivos, da mesma forma que a divisão de varejo começou a dar resultados positivos dez anos depois de a Apple abrir sua primeira loja."