Meta da chinesa Didi Chuxing, dona do aplicativo de transporte brasileiro, é replicar plataforma que já existe na China e no México
A startup brasileira de aplicativos de transporte 99 está prestes a entrar em um novo mercado: nesta quinta-feira, 21, a empresa anuncia ao mercado que vai lançar um serviço de entrega de comida no Brasil. Chamada de 99 Food, a nova área de negócios da empresa deve competir diretamente por aqui com iFood, Uber Eats e Rappi, além do tradicional "telefone da pizzaria do bairro".
São Pauo, Brasil; 13/05/2019 REUTERS/Laís Martins
Foto: Reuters
Em comunicado distribuído à imprensa, a empresa, que pertence ao grupo chinês de mobilidade Didi Chuxing, diz que espera replicar no Brasil o sucesso de um serviço que já oferece em países como China e México. "Nós estamos muito animados em oferecer às pessoas, restaurantes e entregadores uma opção de entrega de comida competitiva no Brasil, com a vantagem da rede de 19 milhões de usuários que a 99 já possui no país", diz Danilo Mansano, executivo responsável por montar a operação no Brasil.
Segundo a empresa, ainda não há data definida para o negócio estrear, nem cidades por onde o serviço começará a funcionar. Já está no ar, porém, um site no qual os restaurantes interessados em participar do aplicativo podem se inscrever para obter mais informações.
Quando o serviço entrar no ar, o 99 Food poderá ser acessado tanto pelo aplicativo da 99 quanto por um novo app exclusivo. A expectativa é de que, assim como outros serviços do setor, o 99 Food também utilize a mão de obra de colaboradores parceiros para fazer suas entregas.
No comunicado, a 99 afirma "que há espaço para crescimento significativo na América Latina, onde são feitas 15 milhões de entregas mensais no México e 26 milhões no Brasil, os dois maiores mercados da região". Aqui no Brasil, o setor é amplamente liderado pelo iFood, que faz mais de 21,5 milhões de entregas por mês - os dados foram divulgados pela própria startup no final de outubro.
Apresentado em fevereiro, G8X ThinQ Dual Screen chega ao varejo brasileiro no dia 7 de dezembro
A LG não entrou na onda dos celulares de telas flexíveis, como a Motorola e a Huawei, mas isso não significa que a empresa não pode apresentar um celular que dobra. Apresentado em fevereiro, o G8X ThinQ Dual Screen tem duas telas de 6,4 polegadas, além de uma auxiliar de 2,1 polegadas. É uma solução mais simples, mas, para quem se interessou, ele chegará ao varejo brasileiro no próximo dia 7 de dezembro pelo preço de R$ 6 mil.
Celular de duas telas chega ao Brasil por R$ 6 mil
Foto: LG/Divulgação / Estadão
O preço alto se justifica em especificações topo de linha: processador Snapdragon 855 da Qualcomm, 6 GB de memória, 128 GB de armazenamento e bateria de 4.000 mAh. A câmera traseira é dupla e captura fotos em 12 MP e 13 MP, enquanto a frontal é de 32 MP. A tela auxiliar é ativada quando o celular está fechado, o que significa que os dois paneis ficam na parte interna. Ela serve principalmente para ver notificações.
Com o G8X, a empresa espera dar usos de produtividade ao celular, especialmente a quem substitui o computador pelo telefone em tarefas mais parrudas. Pode parecer uma solução improvisada, mas um celular que dobra sem uma tela flexível também tem preço mais baixo. O Mate X, da Huawei, será vendido por cerca de US$ 2,4 mil (R$ 10,1 mil) na China. O novo Razr, da Motorola, será vendido por US$ 1,5 mil (R$ 6,3 mil) nos EUA.
Robôs vão esclarecer dúvidas dos usuários dos sites sobre compras públicas, transferências de recursos da União, diárias e passagens
Os usuários do ComprasNet
, Plataforma +Brasil
e Sistema de Concessão de Diárias e Passagens
(SCDP), terão suas dúvidas esclarecidas pelo WhatsApp. Os atendimentos serão realizados por robôs com inteligência artificial. A medida é inédita no setor público e a estimativa de economia com a adoção da nova tecnologia é de R$ 260 mil por ano.
A inovação é mais uma etapa da iniciativa que começou a ser realizada por meio de chatbot – serviço de conversa e interação online por meio de mensagens – a partir de março deste ano. A primeira assistente virtual criada foi a Lia e, dois meses depois, a Isis. A economia resultante dessas ferramentas é de aproximadamente 50% em relação ao atendimento humano. De março a outubro de 2019 foram realizados 26.524 chamados, com redução aproximada de R$ 92 mil.
As mesmas assistentes virtuais também estarão disponíveis pelo WhatsApp, 24 horas por dia, sete dias por semana. Além da Lia e da Isis, a Diva (novo robô), dará assistência aos usuários em relação a questionamentos sobre diárias e passagens em deslocamentos a serviço. Na área de compras públicas, por exemplo, no final de outubro entrou em vigor o novo Decreto do Pregão, que estabelece que todo recurso da União para estados e municípios deve ser repassado por meio de pregão eletrônico.
No caso da Plataforma +Brasil, atualmente estão disponíveis dados de cinco modalidades de transferências de verbas no sistema. Nos próximos anos, serão 29. “Estamos ampliando nossos serviços e base de usuários. Isso gera necessidade de atendimento e precisamos ter canais eficientes que consigam, dentro do contexto de restrição fiscal, entregar mais com menos recursos”, afirma o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert.(Com assessoria de imprensa)
Em evento, Alberto Levy defende o uso de formas menos tecnológicas, e mais criativas, para tornar municípios mais inteligentes
O termo “cidades inteligentes” (smart cities, em inglês) é utilizado para descrever municípios que se utilizam da tecnologia de sensores integrados para extrair dados do desempenho de serviços públicos, como saneamento, transporte público e gestão energética. Para o mentor de startups Alberto Levy, esse conceito precisa ser revisto e ser menos dependente do aspecto tecnológico para existir. Isso porque, segundo ele, o desenho das novas metrópoles deveria passar mais pela criatividade dos gestores urbanos.
Alberto Levy fala durante o evento Welcome Tomorrow, realizado em São Paulo.
Foto: Matheus Riga / Terra
Apesar de algumas cidades já terem planos de se tornarem mais conectadas nos próximos anos - como é o caso de Praga, na República Tcheca, que segue uma diretriz de ficar totalmente inteligente até 2030 -, Levy acredita que pequenas ações, muitas vezes menos tecnológicas, podem transformar a experiência de se viver em um determinado município. “O problema não está em ter sensores, eles são muito bem-vindos”, diz. “A questão é fazer cidades mais humanas.”
Welcome Tomorrow é realizado em São Paulo.
Foto: Matheus Riga / Terra
Na visão do mentor de startups, intervenções urbanas como bibliotecas ao ar livre, reforma e revitalização de espaços degradados, plantações de economia circular e apresentações artísticas em locais públicos são formas efetivas de mudar os municípios, tão relevantes quanto à implementação de sensores para extrair dados. “É preciso hackear as cidades e dar um novo significado aos espaços”, afirma.
A grande dificuldade para que essas mudanças aconteçam, na visão de Levy, tem a ver com o modelo de ensino realizado nas escolas. “Há 200 anos, o sistema educacional nos instrui valores baseados em exercícios repetitivos, memorização de conteúdos e cumprimento de ordens”, diz. Segundo ele, esse tipo de contexto acaba por adormecer a criatividade e a percepção humana, diminuindo o surgimento de novas soluções para as cidades.
O mentor de startups marcou presença, neste sábado (09), no evento de tecnologia e inovação voltado para o setor de mobilidade, o Welcome Tomorrow, em São Paulo (SP), que ocorre até o próximo domingo (10).
Projeção feita pela consultoria DuckerFrontier diz que nem todos os postos de trabalho serão perdidos, no entanto. Avalia que vagas devem ser criadas para posições que exijam mais qualificação.
O uso da inteligência artificial vai ter reflexos importantes sobre o mercado de trabalho. O primeiro deles deve ser a eliminação de postos que tendem a ficar obsoletos. Em compensação, novos cargos, que exigirão maior qualificação, devem ser criados. Ainda assim, o saldo final de vagas tende a ser menor.
Pesquisa divulgada hoje, 11 pela consultoria DuckerFrontier, realizada a pedido da Microsoft, aponta que o uso de inteligência artificial onde for possível no Brasil vai gerar uma redução de até 33% da necessidade de horas trabalhadas até 2030. Esse número diz respeito ao pior cenário, em que o país investiu em IA, mas não o suficiente, colhendo benefícios mínimos.
Caso os investimentos sejam altos, e haja a busca pelos benefícios máximos da IA, a redução da carga de trabalho sobre seres humanos seria menor, de 7%. Segundo a consultoria, esse fenômeno se daria porque haveria maior demanda por profissões que vão surgir a partir da evolução tecnológica.
O estudo da DuckerFrontier sustenta que a redução na carga horária de trabalho não levaria automaticamente a uma perda de postos de trabalho em todos os casos. Segundo a consultoria, as empresas poderiam alocar novas tarefas a seus empregados ou até reduzir a carga horária.
Se os cargos de menor qualificação tendem a reduzir, deve haver aumento de necessidade por profissionais liberais, técnicos de nível médio e gerentes. Atualmente, os empregos com este nível de qualificação representam 34% dos existentes no país, diz a consultoria, e podem passar para 54% em 2030.
As simulações consideram as áreas de serviços públicos, prestação de serviços corporativos, comércio varejista, atacadista, hotelaria e alimentação, construção, manufatura, mineração, água e energia, e agricultura e pesca.
Diante disso, Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, alerta para a necessidade urgente de aperfeiçoamento nas políticas de educação. “É imperativo melhorar o nível de aprendizagem dos nossos jovens (do ensino fundamental à universidade), promover mais e mais o ensino técnico, garantir a atualização permanente do conteúdo programático dos cursos de graduação em Tecnologia e promover a requalificação profissional em escala exponencial, para permitir que nossa força de trabalho não seja afetada pela transformação do emprego”, afirma.
PRODUTIVIDADE
Apesar desses efeitos sobre o mercado de trabalho, a consultoria aponta que a inteligência artificial deve trazer ganhos de produtividade, resultando no em aumento do PIB mesmo caso haja pouco estímulo à sua adoção no país.
A DuckerFrontier elaborou três cenários. No primeiro, em que os investimentos em IA são mantidos dentro dos níveis históricos registrados até hoje no Brasil, haveria um aumento composto (CAGR) no PIB de 2,9% até 2030. Já a produtividade aumentaria 1,7%.
No segundo cenário, em que há um investimento maior que o tradicionalmente visto no Brasil, o PIB cresceria 4,7% (CAGR), enquanto a produtividade, 7%. E, para o caso de investimentos máximo na tecnologia, haveria expansão do PIB de 7,1% (CAGR), e de 6,5% na produtividade.
O estudo destaca ainda cinco categorias que deveriam ser priorizadas para o desenvolvimento de IA no país: governo, serviços públicos e governança; educação, habilidades e capacitação; pesquisa, inovação e desenvolvimento; infraestrutura de tecnologia; e ética, regulamentação e legislação. É citado como exemplo a necessidade de um amplo compromisso do governo em liderar o desenvolvimento de uma estratégia nacional de IA aliado com o envolvimento do setor privado, da academia e da sociedade civil.