O eBay revelou novas tecnologias do PayPal para mais de cem grandes varejistas nesta semana, à medida que a empresa de comércio eletrônico tenta levar seu grande negócio de
pagamentos on-line para o universo físico.
Em um evento em Los Angeles na quarta-feira (14), cerca de 120 comerciantes, incluindo a varejista Sports Authority, deram sua primeira olhada no novo sistema de ponto de venda do
PayPal.
Usuários do PayPal terão um cartão físico que poderão usar para comprar produtos em lojas. O cartão é compatível com as máquinas existentes, o que significa que varejistas não vão
precisar instalar novos equipamentos ou sistemas de pagamento em suas lojas.
Os usuários do PayPal também poderão fornecer o número de seus celulares em terminais de varejistas ou aproximar o telefone dos terminais, segundo Sam Shrauger, vice-presidente de
Produto Global e Experiência do PayPal.
O PayPal é um player dominante em pagamentos on-line, entretanto o eBay está tentando entrar no segmento de pagamentos off-line, um mercado muito maior.
A nova tecnologia do PayPal também permite que usuários se identifiquem por meio de seus celulares quando entram em lojas. Comerciantes podem enviar ofertas com descontos para tais
clientes, que são computadas automaticamente em suas contas do PayPal caso eles comprem o produto.
As ações do eBay encerraram o pregão com alta de 6,3%.
A Igreja do Kopimismo (Church of Kopimism), religião que tem como base o compartilhamento de informações, foi formalmente reconhecida pelo governo da Suécia.
Kopimi, em inglês, é pronunciado copy me --ou me copiem. É um selo formulado para ser o oposto do copyright, que dá permissão para que o conteúdo seja copiado e disseminado sob
qualquer propósito, comercial ou não.
A seita foi criada pelo estudante de filosofia Isak Gerson, 19. Além dele, também aparece como fundador da religião o estudante de economia Gustav Nipe, 21 --ele também é um
participante ativo do Partido Pirata da Suécia.
Em seu Twitter ( @isakgerson), Isak escreve com ares de profeta. "Um décimo dos arquivos de todos deveria ser
compartilhado", disse.
Os "kopimistas" acreditam que toda informação compartilhada tem mais valor e é sagrada. Os símbolos da religião são o Ctrl+C e o Ctrl+V.
O reconhecimento protege e garante o direito dos kopimistas de exercerem a religião e, pelo menos da teoria, pode dar acesso à assistência financeira do governo.
Em 2009, a Suécia foi palco de outro acontecimento na área de cultura digital: o Partido Pirata sueco conseguiu 7% dos votos do país nas eleições parlamentares europeias.
O número de internautas chineses superou a marca de 500 milhões, o que representa 40% da população do país asiático, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.
Segundo os últimos números do Escritório Estatal de Informação da Internet, o número de usuários da rede nas zonas rurais da China, as mais pobres, alcançou 130 milhões, indicou o
diretor da repartição, Wang Chen.
Desta forma, os internautas das zonas rurais somam 27% do total, informou o diário econômico "Caijing".
A China se mantém como o maior mercado de internet do mundo, seguida pelos Estados Unidos, com 245 milhões de usuários e um índice de penetração de 78,2%, e pela Índia, com 100
milhões e 8,4% de sua população.
Segundo Wang, o setor de internet se tornou um dos mais estratégicos do país asiático, já que, por exemplo, as vendas na rede dão trabalho direto a dois milhões de chineses e a outros
13 milhões de forma indireta.
Além disso, quase metade dos 500 milhões de internautas chineses faz uso das redes sociais para comunicar-se e compartilhar i representam recursos novos em sites de encontros
estabelecidos.
Há cerca de uma dezena, entre os quais Blendr, OkCupid Locals e HowAboutWe. Tendem a ser gratuitos e faturam com a venda de anúncios ou cobrando pelo acesso a recursos adicionais.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
Desde que o Brasil entrou no radar como um potencial grande mercado para tablets, diversas companhias estrangeiras demonstraram interesse em produzir os dispositivos portáteis por
aqui, em vista de incentivos fiscais prometidos pelo governo.
E em meio à enxurrada de fabricantes asiáticas que traçaram planos para atuar no país --como LG, ZTE e Foxconn-- a curitibana
target="_blank"> Positivo Informática, principal montadora nacional de computadores, deve apresentar seu tablet na próxima terça-feira, quando tem agendada uma entrevista
coletiva de pauta não revelada.
O presidente da companhia, Helio Rotenberg, afirmou em agosto que "as lojas estarão repletas no Natal" de tablets da Positivo e se disse confiante nesse mercado.
A Positivo leva vantagem por sua ampla logística nacional e contato próximo com varejistas, mas pode faltar espaço nas prateleiras para tantos modelos diferentes das fabricantes.
"A concorrência vai ser forte neste segmento", resume o analista Alex Pardellas, da corretora Banif.
Vinte e cinco empresas manifestaram interesse em montar tablets no país, segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Essa disputa pelo consumidor --especialmente com o iPad, da Apple-- vai ser acirrada, o que colocará pressão sobre as margens da Positivo.
"Se você olhar para o mercado global, a Apple é totalmente dominante... Não vejo motivo para imaginar que no Brasil será tão diferente, uma vez que a Apple (por meio de sua fornecedora
Foxconn) estará apta a produzir no país, podendo oferecer preço competitivo", destaca um analista que acompanha a Positivo e falou sob condição de anonimato.
"O tablet deve trazer um benefício de receita para a Positivo, mas a margem vai ter que ser baixa", acrescenta o analista, lembrando que os computadores da empresa já possuem margem
bastante reduzida.
A Positivo teve margem Ebitda ajustada de 2,8% no segundo trimestre, depois da margem negativa de janeiro a março --mas ainda assim bem inferior aos 9,1% de igual período de 2010.
No longo prazo, contudo, a oferta de um produto de baixo preço pode implicar ganho de market share no segmento de tablets, garantindo à Positivo uma presença sólida em um negócio
promissor.
"A Positivo é uma empresa que se posiciona bem com o público de baixa renda", observa o analista Bruno Sávio Nogueira, da empresa de análises Lafis. "Vejo a empresa com grande
possibilidade de sobreviver neste mercado. Acho que o produto dela vai ter espaço."
Além disso, segundo analistas, a Positivo já é uma grande vendedora de computadores para o governo e poderia levar seus tablets para órgãos públicos, ganhando escala.
De acordo com previsão de fevereiro da empresa de pesquisa IDC, as vendas de tablets no Brasil devem chegar a 300 mil unidades em 2011, com a maior movimentação ocorrendo nos seis
últimos meses do ano. Se considerado um preço médio de R$ 1.500 por aparelho, isso se traduziria em vendas de R$ 450 milhões.
ANDROID
Embora não tenha fornecido muitos detalhes sobre o tablet, a Positivo revelou que o sistema operacional será o Android, do Google.
Isso deve ajudar o produto a concorrer com a Apple, especialmente se a Positivo incentivar a produção de softwares para seu dispositivo.
"Há 90% de chance de que qualquer novo tablet no mercado use o sistema operacional Android. É mais fácil para a Positivo usá-lo do que criar um novo sistema operacional", afirmou a
analista Elia San Miguel, da empresa de pesquisa Gartner.
Atualmente, o Android detém 28% da base instalada de tablets na América Latina, bastante atrás dos iPads da Apple, com market share de 57%, segundo o Gartner.
O cenário deve mudar em 2015, quando o sistema operacional do Google deve superar a Apple e atingir 36% do mercado --contra 35% da Apple, disse Elia.
"O problema é saber. Diariamente, recebo um zilhão de alertas, me avisando de que estou perdendo algo imperdível. Fico com dor de barriga de ansiedade. Mas o pior é que, toda vez que
escolho um programa, logo depois descubro que o melhor é aquele a que não fui."
Redes sociais exacerbam fenômeno do
medo de estar perdendo algo
O depoimento é da publicitária paulistana A.P., 24, baladeira convicta, conectada 24 horas por dia, viciada no programa de troca de mensagens gratuitas WhatsApp, além do Facebook (em
que coleciona 1.314 amigos).
Segundo o estudante e professor de inglês M.B., 27, 157 amigos no Facebook, as redes sociais, ao mesmo tempo em que aproximam as pessoas, acabaram aprofundando uma sensação de
solidão. "Quando descubro na rede que uma balada muito legal está acontecendo, eu não consigo deixar de pensar que eu deveria estar lá também. Por que é que ninguém me avisou
disso?", lamenta.
MITO DO IMPERDÍVEL
A.P. não gosta do papel de vítima. Ela acha que essa sensação de "estar perdendo algo imperdível" faz parte do jogo de viver conectada. "Para evitar isso, só entrando em uma caverna e
jogando fora o iPhone e o laptop." A publicitária considera que "tem muito mito nessa conversa de imperdível". Quando está em uma festa, ela confessa, faz questão de "bombar" o lugar,
avisando a toda a sua rede de que está sensacional --mesmo que não seja tudo isso.
"Sabe aquele cara que compra um carro zero ruim pra caramba, mas diz que o bicho é o melhor do mundo, só pra valorizar o investimento? Sou eu. Ahahaha."
O exibicionismo é parte do jogo, vários internautas reconheceram. "Tem uma balada a que vou sempre; é transmitida pela internet. Uma vez não pude ir e fiquei assistindo às pessoas
dançando, dando tchauzinho para a câmera. Quando começava a tocar uma música de que eu gosto, pensava queria estar lá! Sabia que tinha perdido algo", relata J.C.S., 20, estudante
universitária.
"O que provoca esse vazio, tantos desencontros, é não ter amigos reais, só amigos-Facebook, aqueles que você -um carente profissional- aceita só para se sentir popular", explica o
produtor de vídeo N.A., 26, 838 amigos na rede social.
Para ele, "amigos reais" não ficam aguçando desejos alheios só para parecerem legais. "Eu tento usar o Facebook com responsabilidade, para não me ferir e para não ferir outras pessoas."
Mas ele está ferido, admite. Separado há três anos, N.A., que morava em São Paulo, mudou-se para um sítio -"Fui recomeçar a vida".
O recomeço ainda não deu muito certo, porque N.A. não consegue parar de entrar no perfil da ex-mulher. Ora com o pretexto de ver como estão os filhos de três e cinco anos, ora com o
clandestino propósito de espionar.
"O que ela está fazendo? Em que está pensando? Está engordando? Quem são os amigos com quem ela está conversando? Ainda não consegui me libertar", diz.
"Sempre que dou um rolê nas redes, me sinto com saudades", afirma o professor M.B.. "É sempre incômodo lidar com as saudades quando você encontra pessoas com quem teve algum
nível de intimidade no passado.
Sabe aquela amiga com quem você morou há anos, em uma república? Depois de dez anos, você, de repente, encontra-a em uma página do Facebook, e ela mora em outros lugares, está
pensando outras coisas, tem outros amigos. É quase impossível um reconhecimento imediato; então você se dá conta de que perdeu aquela pessoa."
Segundo Caterina Fake, cofundadora do Flickr, o medo de estar perdendo algo é um velho problema que agora foi apenas exacerbado pela tecnologia. "O desejo é um dos três venenos do
budismo", ela lembra (os outros são o ódio e a ignorância). Sempre foi assim, diz Fake. (LAURA CAPRIGLIONE)