A presidente Dilma Rousseff vai propor isenção fiscal de R$ 6 bilhões nos próximos cinco anos para a construção de redes de telecomunicações, em um esforço para manter a expansão do
setor apesar da crise global.
"O governo está fazendo um esforço para melhorar as condições de investimento e reduzir os efeitos da crise", disse à Reuters o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em entrevista
nesta sexta-feira.
Bernardo disse que Dilma enviará a proposta ao Congresso dentro dos próximos 30 dias.
O governo brasileiro vem anunciando uma série de medidas de incentivo nas últimas semanas para tentar preservar indústrias estratégicas do impacto da crise econômica internacional.
Bernardo disse que os investimentos em telecomunicações são considerados especialmente importantes diante dos preparativos para o Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas de 2016.
Alguns analistas têm alertado que as redes de comunicações brasileiras precisam de uma grande atualização nos próximos anos para que o país possa lidar com a demanda doméstica e de
turistas para os eventos esportivos.
Bernardo também disse que Dilma não vai adiar o leilão de frequências 4G de telefonia, que está planejado para até abril do próximo ano.
A Folha lança um novo aplicativo para tablets e celulares. Ele é baseado em tecnologia HTML5 o que torna possível unificar a experiência do leitor em distintos aparelhos, além de
fazer atualizações mais rápidas do programa.
A versão de lançamento foi feita sob medida para os tablets iPad, da Apple, e Galaxy Tab, da Samsung, e para os celulares iPhone 4 e 4S (Apple) e Galaxy S (Samsung). Em breve haverá
versões para outros modelos.
O aplicativo pode ser visto pelo navegador de internet normal dos tablets e dos celulares, no seguinte endereço: app.folha.com. Após o primeiro acesso, é possível criar um ícone na área
de trabalho do aparelho, para entrada direta.
O programa dá acesso aos textos e imagens da versão impressa do jornal e às atualizações mais importantes do noticiário do dia.
A ideia é que o leitor encontre ali uma seleção clara do que mais relevante há para ler naquele momento, incluindo relatos dos últimos acontecimentos e textos de análise e do time de
colunistas da Folha.
O conteúdo poderá ser acessado gratuitamente durante o período de degustação. Depois disso o jornal oferecerá planos de assinatura e de leitura diária. Assinantes da versão impressa do
jornal terão acesso gratuito.
"A linguagem HTML5 representa uma evolução do HTML tradicional, origem da web", diz o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila. "Publicações de todo o mundo trabalham em
aplicativos HTML 5 para apresentar seu conteúdo móvel. A Folha é a pioneira entre os grandes diários brasileiros."
No exterior, o caso de maior sucesso até agora é o do "Financial Times". O jornal britânico diz que seu aplicativo já registrou mais de 1 milhão de usuários.
Graças ao HTML5, o "Financial Times" conseguiu se livrar de diversas restrições impostas pela Apple, fabricante do iPad.
O aplicativo anterior do jornal britânico era feito em iOS,o sistema operacional dos aparelhos da Apple, e distribuído a partir da loja da empresa americana.
A Apple exige que todos os programas distribuídos na App Store seja aprovados previamente por ela, o que atrasa a inclusão de novos elementos no aplicativo. Além disso, a empresa fica
com 30% das vendas.
A Folha também tem aplicativos em iOS, disponíveis desde o ano passado na loja da Apple, tanto para o iPad quanto para o iPhone. Eles continuarão sendo atualizados por
enquanto.
O HTML5 melhora a experiência do usuário na visualização de vídeos.
Os aparelhos da Apple não rodam a linguagem Flash, que se tornou a mais utilizada na publicação de vídeos em computadores - daí o "branco" que muitos leitores enxergam ao visualizar
páginas no iPad e no iPhone. Com o avanço da tecnologia HTML5, esse problema deixará de existir.
Uma firma japonesa que se instalou nos EUA em setembro faz sucesso com um serviço barato para transformar livros em arquivos digitais.
Quem tiver desapego material suficiente em relação a seus exemplares de papel e tinta pode tê-los prontamente transformados num arquivo PDF, desde que esteja disposto a enviar o
original para reciclagem.
Em três meses de operação no país, a 1DollarScan diz já ter escaneado mais de 50 mil livros. Atendendo clientes de diversas
partes do mundo (Brasil incluído), o negócio está se expandindo graças ao preço competitivo. Com cerca de US$ 5, é possível ter um livro de 200 páginas transformado num arquivo digital.
O original de papel tem de ser destruído para evitar violação de copyright. A lei americana não permite que um exemplar a mais de uma obra seja introduzido no mercado.
Um bibliófilo mais conservador pode se perguntar por que alguém destruiria um livro real. A empresa, porém, diz ter sido procurada por muitos clientes que buscam "acessibilidade" de
informação ou simplesmente precisam de mais espaço livre.
Um dos atrativos é que o PDF criado pela 1DollarScan é construído com um software de OCR (reconhecimento óptico de caracteres), que produz um arquivo de texto digital em vez de meras
páginas fotografadas.
É uma vantagem para livros sem índice remissivo, por exemplo, que passariam a contar com recurso de busca por palavra-chave.
O segredo do serviço barato, diz a empresa, é a automação. Aliada à multinacional Canon, a BookScan (matriz japonesa da 1DollarScan) desenvolveu um programa para uso industrial que
processa informação mais rápido do que softwares de OCR mais populares, como o da Adobe.
"A maior vantagem do nosso sistema é que ele escaneia a imagem e faz o OCR simultaneamente", disse à Folha Mike Kiyamori. gerente de marketing da empresa. "Em um
processo convencional, é preciso escanear o material e depois usar outro software para fazer o OCR, o que dobra o tempo de trabalho."
Livros Fatiados
A 1DollarScan também adotou um método prático para desmontar os livros -um cenário de horror para bibliófilos. "Temos um cortador eletrônico de papel que extrai a lombada dos livros e
os desmonta", diz Kiyamori.
"Depois, alimentamos o scanner com as folhas, e no fim do processo elas são empilhadas para reciclagem."
O sucesso rápido está fazendo a empresa pensar em expansão. Com clientes pelo mundo, a 1DollarScan recebeu ofertas para abrir filiais na Europa e na Austrália.
"Estamos discutindo se devemos expandir o negócio ou abrir um sistema de franquia", diz. "Por ora, a Fedex ganha mais dinheiro do que nós quando um cliente manda um livro de fora do
país."
USO JUSTO
Essa facilidade para criar livros digitais já preocupa editoras: arquivos em PDF são facilmente pirateáveis.
"O serviço é de legalidade questionável", diz Allan Adler, do setor jurídico da Associação de Editoras Americanas. "Se tenho a cópia de uma obra no meu computador, posso anexá-la a um
e-mail e enviá-la a um amigo. Ele terá uma cópia nova, e eu ainda terei a minha", acrescenta.
Segundo o advogado, a lei atual de direitos autorais já permite que editoras tentem notificar a nova empresa para impedir que determinado livro seja escaneado.
A 1DollarScan diz que a lei considera "uso justo" criar arquivos digitais para uso pessoal. No contrato de serviço, em todo caso, a empresa se exime de responsabilidade sobre o que é feito
com o PDF após a entrega.
A Samsung Electronics informou nesta sexta-feira que uma corte alemã rejeitou uma alegação da empresa no processo de patentes contra a Apple envolvendo tecnologias móveis, como
parte da batalha judicial travada por ambas companhias.
A companhia sul-coreana ainda terá de decidir se apelará da decisão.
A Apple processou a Samsung em abril, alegando que a empresa infringiu seus diretos de design de produtos e que os produtos da companhia eram cópias "idênticas" do iPhone e do iPad.
A Samsung, por sua vez, processou a Apple pelos mesmos motivos, e a série de processos já envolve dez países, da Austrália à França, até os Estados unidos.
Segundo a Samsung, a decisão desta sexta-feira envolve uma única patente, sendo que a corte alemã ainda tem de julgar duas outras tecnologias móveis que, segundo a companhia, foram
infringidas pela Apple.
Provavelmente Luiza é a primeira brasileira que virou celebridade nacional não por ter aparecido. Mas justamente por não ter aparecido. Foi alvo apenas de uma menção num comercial de
um empreendimento imobiliário na Paraíba. Assim virou hit na internet. É uma idiotice? Não: essa brincadeira é um assunto sério.
Tão sério que mereceria um estudo aprofundado sobre como funcionam os meios de comunicação na era da internet. Um comercial de empreendimento imobiliário na Paraíba vira assunto
nacional e faz da ausente Luiza uma celebridade. E, agora, ao voltar ao Brasil, desfila entre os famosos. São regras novas de difusão de informação, que os comunicadores não conhecem e
não cansam de se surpreender.
Luiza também é reflexo de que como está se aprofundando o que muitos já chamam da era das celebridade. Gente que não faz nada ou quase nada --personagens do BBB, por exemplo-- e
viram assuntos em todos os lugares. Não é só que viram assunto: suas opiniões são levadas em consideração e ocupam cada vez mais espaço. Talvez seja em parte reflexo da falta de
interesse em assuntos coletivos?
O fato é que Menos Luiza é qualquer coisa. Menos uma idiotice.
A coisa está tão grave que até aqui nesta coluna Luiza apareceu.