A Amazon aumentou o número de encomendas de tablets Kindle Fire para mais de 5 milhões de unidades, disseram fornecedores de componentes ao jornal "
href="http://www.digitimes.com/news/a20111109PD212.html" target="_blank"> DigiTimes".
Seria uma resposta à alta demanda pelo produto, diz o site da publicação.
O Cnet diz que a medida pode parecer um tanto
confiante para um dispositivo que ainda nem chegou aos consumidores, mas lembra que, segundo estimativas, a Amazon teria comercializado quase 100 mil unidades do Kindle Fire no
primeiro dia da pré-venda e cerca de 20 mil por dia nos seis dias seguintes.
O "DigiTimes" diz que a loja virtual norte-americana já fizera um pedido de aumento no terceiro trimestre do ano --de 3,5 milhões para 4 milhões de unidades.
Wintek, Chunghwa Picture Tubes, LG Display, Ilitek, Quanta Computer, Aces Connectors e Wah Hong Industrial são algumas parceiras da Amazon que devem se beneficiar do aumento de
produção do tablet, diz a publicação.
A IBM divulgou seu relatório anual "
target="_blank"> 5 in 5". Nele, a empresa cita cinco tecnologias que ela acredita que existirão nos próximos cinco anos. A lista desse ano inclui a leitura da mente por aparelhos
eletrônicos e o fim das senhas.
Diferentemente do que ocorre em filmes de ficção científica, porém, a leitura da mente sugerida pela IBM não permitirá que você olhe para alguém e enxergue o seu pensamento. Pelo
menos por enquanto.
A empresa acredita que a leitura da mente permitirá ao usuário associar sua mente a algum aparelho eletrônico. "Pense que você precisa ligar para alguém, e isso simplesmente acontece.
Ou você pode controlar o cursor de um mouse apenas pensando para onde movê-lo", diz a IBM.
A empresa argumenta que estudos no campo da bioinformática indicam a criação de sensores avançados que leem as atividades do cérebro, reconhecem expressões faciais e níveis de
concentração e empolgação. Segundo a IBM, em cinco anos será possível ver os primeiros passos da tecnologia, principalmente no universo do entretenimento e dos jogos.
Já o fim das senhas remete a técnicas comuns aos filmes futuristas. Para a IBM, em cinco anos nós poderemos usar nossa voz ou os detalhes de nossa íris para desativar tudo ao nosso
redor, eliminando a necessidade de decorar senhas cada vez mais complexas.
Primeiras impressões duram muito. Por isso muita gente ainda pensa na Amazon como uma loja online de livros, a forma em que ela chegou ao conhecimento dos consumidores no final dos
anos 90.
Mas de lá para cá a companhia vem realizando aquisições e se expandindo e diversificando em velocidade estonteante. Jeff Bezos, seu fundador e presidente-executivo, detentor de uma
risada capaz de sacudir as paredes, levou o site ao comércio de sapatos, fraldas e televisores, bem como para a computação em nuvem e os leitores eletrônicos, com o Kindle.
A destreza da Amazon fora do varejo atingiu novo patamar no mês passado quando a companhia sediada em Seattle revelou um tablet, o Kindle Fire, para concorrer com o iPad.
O lançamento sublinhou sua transformação em um conglomerado de tecnologia que tem menos em comum com a cadeia de livrarias Barnes & Noble do que com a Apple e Google, seus
rivais na batalha pelo controle do mercado de vídeos, música e livros digitais.
Como disse um parceiro de negócios a Richard Brandt, o autor de "One Click", perfil da Amazon e de seu fundador, Bezos emprega "táticas brutais". O empresário de Internet também
costuma "conduzir seu pessoal com a finesse de um mestre de escravos em uma galera", afirma Brandt, um jornalista veterano do Vale do Silício.
Bezos não decidiu criar a maior loja de livros do planeta por conta de um afeto nostálgico por velhos livros. Na verdade, o fez ao criar um "fluxograma de transações" que permitia avaliar
quais, entre 20 categorias de produtos, seriam mais adequadas para o comércio online. Os livros receberam a melhor classificação.
Por isso não deveria causar surpresa, escreve Brandt, que uma década depois Bezos aderisse aos leitores e livros eletrônicos e "rejeitasse com tamanha facilidade o produto em papel que
serviu de base à sua companhia".
O título do livro deriva de uma notória patente obtida pela Amazon para um sistema de compras "com um clique" --o processo que permite que as pessoas comprem online clicando apenas
uma vez com seus mouses.
A ideia é simples. Tão simples que muita gente no Vale do Silício alegou que não atende aos requisitos usuais de inovação e inventividade que justificam uma patente.
Mas ao patenteá-la, a Amazon impediu os concorrentes de usar recurso semelhante em seus sites (ainda que eles possam oferecer compras com dois cliques).
Foi um exemplo precoce da impiedosa astúcia de Bezos --mas também de seu instinto quanto ao que funcionará na Internet. Ele percebeu que os usuários desejavam um processo de
compra simples e "sem atrito", exatamente as qualidades sobre as quais Apple e Google construíram seu sucesso.
E é preciso recordar que Bezos já estava recolhendo informações sobre as preferências e idiossincrasias de seus compradores antes que o Facebook gerasse controvérsia ao fazer o mesmo.
O livro de Brandt não representa nem um ataque e nem um elogio. O autor retrata Bezos como um inventor brilhante e dedicado, e também como um nerd que oferece a rara combinação de
know how técnico e atenção ao detalhe, de um lado, e capacidade de aceitar risco e ideias visionárias, do outro.
PARA O INFINITO E ALÉM
Brandt revela muitas informações biográficas sobre Bezos nos anos anteriores à Amazon, bem como um divertido relato sobre a paixão paralela de Bezos, a exploração comercial de voos
espaciais. Mas não consegue capturar a essência da visão central do empresário.
O livro delineia a "filosofia" de Bezos, composta por quatro elementos: preocupação obsessiva quanto aos clientes; agir sempre "como se fosse o primeiro dia"; inventar e reinventar até
chegar à solução perfeita; e manter o foco no longo prazo.
Mas isso não nos informa para onde Bezos conduzirá a Amazon, e Brandt não pôde fazer a pergunta diretamente ao empresário, que raramente concede entrevistas. Boa parte do material
provém de subordinados e concorrentes.
Uma visão quanto ao futuro teria ajudado em dar ao livro a mensagem e estrutura narrativa que lhe falta. Mas talvez o lançamento do Kindle Fire ofereça essa visão.
Além disso, o trabalho sofre de distorção cronológica. Na página 133 das 191 do texto, ainda estamos em janeiro de 2002, o ano em que Bezos anunciou o primeiro lucro líquido da Amazon.
Mas em seguida vem um salto de cinco anos, que desconsidera a rápida expansão internacional da Amazon e leva a história diretamente ao lançamento do Kindle, em 2007.
No entanto, isso não diminui o valor das percepções que o autor oferece sobre Bezos, que merece reconhecimento como um dos poucos empresários de Internet dos anos 90 a ter
sobrevivido no topo do mercado até hoje.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
OBRA CHEGA AO BRASIL NESTE MÊS
A editora Saraiva lançará o livro no Brasil ainda neste mês, dentro da coleção Nos Bastidores.
Com o título "Nos Bastidores da Amazon: O Jeito Jeff Bezos de Revolucionar Mercados com Apenas um Clique", a obra, traduzida por Silvio Floreal de Jesus Antunha, custará R$ 49 e terá
176 páginas.
JEFF BEZOS
Nascido em 1964
Formado em engenharia elétrica e ciência da computação pela Universidade de Princeton
Eleito pela revista "Time" o homem do ano em 1999
Fundou, em 2004, uma empresa de viagens espaciais, a Blue Origin
AMAZON
Fundada por Bezos em 1994 como loja on-line de livros
Maior loja on-line do mundo
Adicionou o formato de compra por um clique
Em 2007, iniciou a venda do Kindle, seu leitor de livros digitais
É avaliada em mais de US$ 100 bilhões
Trabalhar fora de casa, cumprir uma segunda jornada de tarefas domésticas e ainda arranjar tempo para investir no próprio negócio é o quadro que afasta as mulheres de se lançar em
empreendimentos no mundo digital. A conclusão ocorreu durante palestra na Campus Party sobre empreendedorismo feminino. A Folha é patrocinadora do evento.
"Como não tem investimento de seed money, esses investidores têm que trabalhar de dia para investir na start-up à noite", explicou Andiara Patterle, diretora de estratégia digital e novos
negócios da RBS. Durante cinco anos, ela foi a executiva-chefe da companhia de mídia multiplataforma Grupo Bolsa de Mulher.
Uma pesquisa realizada no ano passado pela RBS sobre o perfil do empreendedor virtual constatou que o mundo digital é reduto masculino: homens são três quartos do total. "A presença
feminina é quase inexistente", afirma Andiara. Os empresários têm entre 25 e 35 anos, e apenas 5% deles não são graduados em cursos superiores --14% possuem MBA e 6% são
doutores.
Um fato curioso é que a área de tecnologia só forma 11% dos empreendedores digitais. A maioria (40%) sai das cadeiras de faculdades de administração e gestão empresarial.
Fora do mundo digital, as mulheres ganham seu espaço. A edição 2012 da GEM (Global Entrepreunership Monitor) mostrou que o Brasil é um dos oito países em que a porcentagem feminina
(15%) de empreendedores em estágio inicial é igual à de homens. Foram pesquisados 54 países.
"Não há distinção do mundo real para o virtual. É uma distinção do modelo de negócio", diz Jaqueline Aparecida de Almeida, gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae. Ela
explica que as start-up digitais só se tornam sustentáveis se forem escaláveis, conseguirem replicar sua ideia e forem inovadoras. "Diferente de abrir um restaurante, que pode se sustentar
com uma única unidade."
Segundo dados do Sebrae, em 2011, as mulheres eram donas de 49% das empresas abertas havia menos de 42 meses.
Christina Wang tem uma rotina bem estabelecida para suas noites de paquera. Escova o cabelo, faz a maquiagem e verifica seu celular, na esperança de encontrar o cara certo, que talvez
não ande muito longe e também esteja à procura.
Wang, 20, aluna de psicologia na Universidade St. Johns (NY), é parte do grupo de pessoas que usam aplicativos para conseguir encontros românticos instantâneos via celular, com base
nas pessoas presentes em determinada área e dispostas a sair para um drinque.
A ideia de encontrar alguém de improviso com a ajuda de um aplicativo para celulares cujo único critério de seleção é a proximidade pode parecer arriscada.
Mas os operadores desse tipo de serviço dizem estar cientes dos potenciais percalços e oferecem aos usuários formas de controlar as informações que divulgam.
E os adeptos dizem que isso representa mais um passo na evolução dos relacionamentos -atividade que sempre acarreta perigos-, dos casamenteiros do passado a anúncios classificados
românticos e paquera via web.
Wang e outros usuários desse tipo de serviço -usualmente pessoas na casa dos 20 e 30 anos- dizem que eles representam versão mais atualizada dos serviços de encontros na internet.
Dizem que os serviços permitem que escapem aos rituais de aproximação mais elaborados impostos pelos sites convencionais de encontros, que parecem lentos na era das mensagens
instantâneas e das redes sociais.
RAPIDEZ
"Pode demorar até um mês para que você se encontre aquela pessoa que vem trocando mensagens de texto com você", diz Wang. Os serviços para celulares permitem "um salto mais
rápido dos encontros virtuais para encontros reais".
Nos aplicativos, que empregam a tecnologia de localização oferecida pelos celulares inteligentes, os usuários postam perfil simples no qual definem sua disponibilidade ou estudam lista de
pessoas que tenham feito o mesmo.
Podem trocar mensagens instantaneamente e marcar um encontro real.
Alguns dos aplicativos são produtos independentes, enquanto outros representam recursos novos em sites de encontros estabelecidos.
Há cerca de uma dezena, entre os quais Blendr, OkCupid Locals e HowAboutWe. Tendem a ser gratuitos e faturam com a venda de anúncios ou cobrando pelo acesso a recursos adicionais.
Tradução de PAULO MIGLIACCI