Apesar de programas de conscientização, nota-se aumento de acidentes envolvendo ingestão de pilhas botão e baterias por crianças, podendo ser grave e até matar
Reportes alertam que o número de crianças ingerindo pilhas botão, também conhecidas como baterias de relógio, vem aumentando nos últimos anos. A ingestão acidental destes componentes pode causar danos graves nos infantes e até mesmo levar à morte. Essas pequenas baterias de lítio estão presentes em uma infinidade de aparelhos domésticos.
Entre 2010 e 2019, cerca de 7.032 crianças tiveram de ser levadas à emergência em hospitais por conta de incidentes relacionados a baterias, mais do que o dobro das ocorrências do mesmo tipo entre 1990 e 2009. Publicado no periódico Pediatrics na última segunda-feira (29), um estudo levantou os dados relacionados.
Os cientistas ainda comentam que não foi por falta de aviso: há muitas campanhas de conscientização alertando os pais. Em média, é um incidente com baterias levando uma pessoa abaixo de 18 anos ao hospital a cada 1,25 hora, com o risco mais alto sendo identificado nas crianças abaixo de 5 anos, especialmente entre as idades de 1 e 2 anos, que costumam colocar todo objeto encontrado na boca.
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O perigo das baterias e pilhas botão
As pilhas botão foram as antagonistas em mais de 87% dos casos relacionados a baterias, segundo a pesquisa. Mesmo longe do item que alimentam, essas baterias de lítio ainda têm uma corrente forte, e caso fiquem presas na garganta de um infante, a saliva pode interagir com a corrente e causar reações químicas, queimando o esôfago em até 2 horas, perfurando o órgão e podendo causar paralisia das cordas vocais ou erosão na traqueia e veias ou artérias.
É o caso de Emmett Rauch, um menino que, em 2010, quando tinha 1 ano, ingeriu uma bateria de um controle remoto e teve uma perfuração no esôfago e na traqueia, fazendo com que a bile escapasse do estômago para os pulmões. Ele sobreviveu, mas passou por 6 cirurgias nos 5 anos seguintes, incluindo a substituição do esôfago usando partes do estômago. Seus pais fundaram uma ONG para conscientizar outros tutores, a Emmetts Fight Foundation.
Entre os itens que podem conter baterias botão, há calculadoras, termômetros digitais, joias piscantes, lasers, brinquedos e videogames portáteis, velas eletrônicas, aparelhos auditivos, controles remotos pequenos, contadores de passos, canetas-lanterna, livros e cartões comemorativos que falam ou cantam, smartwatches e chaves e carro eletrônicas. Tudo que for pequeno e brilhe ou seja animado contém, potencialmente, uma pilha botão.
O estudo em questão foi realizado na emergência de 100 hospitais nos Estados Unidos, e notou que a maioria dos incidentes com baterias ocorreram por ingestão — 90% —, enquanto sua inserção no nariz ficou no segundo lugar, com 5,7% dos casos. Em terceiro, inserção nos ouvidos, com 2,5%, e então sua colocação na boca, sem engolir, por último, em 1,8%.
Embora a inserção em outros lugares do corpo não cause danos tão sérios quanto a ingestão, prender acidentalmente baterias de lítio nos ouvidos ou nariz pode ser muito prejudicial, podendo perfurar o tímpano ou septo nasal, causando perdas auditivas ou paralisia de nervos faciais.
Prevenção de acidentes
Aos pais, é importante trabalhar na prevenção: não trocar ou inserir baterias na frente de crianças, se livrando de pilhas vencidas imediatamente e de forma segura, guardando reservas longe do alcance de infantes. Convém buscar aparelhos que só abram com uma chave de fenda ou outras ferramentas, ou que impeçam a abertura por uma criança. Usar fita para selar compartimentos também é uma opção.
As baterias de 20 mm de diâmetro são as mais perigosas. É importante supervisionar crianças que estão brincando com qualquer objeto eletrônico, e alertar crianças mais velhas para ajudarem, se necessário. Os sintomas podem parecer com os da ingestão de uma moeda, e podem ser falta de ar, salivação em excesso, tosse, vômito, desconforto abdominal, recusa para comer ou engasgos na alimentação ou ingestão de líquidos.
É importante saber se um ímã foi engolido junto à bateria, o que pode causar ainda mais danos. Geralmente, raios-X de todo o pescoço, esôfago e abdômen do infante são necessários. Se há suspeita de ingestão, não tente fazer a criança vomitar: leve-a à emergência o mais rápido possível, já que danos graves podem ocorrer em até 2 horas. Em algumas crianças, como Emmett, os sintomas podem aparecer apenas após alguns dias.
Tempestades solares podem causar danos a tecnologias na Terra, mas ameaçam a vida no nosso planeta? Segundo os cientistas, é improvável
Tempestades solares acontecem em média a cada 25 anos na Terra, mas apresentam riscos às nossas tecnologias
Foto: Unsplash License / NASA
As tempestades solares, fenômenos relativamente comuns, acontecem em média a cada 25 anos por conta do campo magnético superintenso do Sol. Quando a radiação sai de controle e se desalinha, bilhões de toneladas de material solar podem chegar a milhares de quilômetros por segundo, em várias direções. Mas seria capaz de danos na Terra a ponto de destruir o planeta?
A energia magnética do Sol, que é uma massa de hidrogênio em ebulição, carregada de eletricidade, é liberada por raios de luz conhecidos como erupções solares. Mas de acordo com o histórico, muito dificilmente tais erupções poderiam nos ferir gravemente.
Que danos as tempestades solares podem causar?
Hoje em dia, as tempestades solares podem fazer com que tecnologias sejam prejudicadas, desde satélites à eletricidade. Em 1972, dezenas de minas marítimas perto da costa do Vietnã explodiram misteriosamente — o que recentemente foi confirmado como uma consequência de tempestades solares que chegaram à Terra naquela ocasião.
No entanto, a maioria dos cientistas concorda num ponto: o campo magnético da Terra e a nossa atmosfera isolante nos mantém protegidos até mesmo das mais poderosas erupções solares.
Ainda que elas possam prejudicar tecnologias de rádio, sistemas de radar e derrubar satélites, a radiação mais prejudicial para nós é dissipada ainda no espaço, muito antes de tocar a pele humana.
Campo magnético da Terra e a nossa atmosfera isolante nos mantém protegidos até mesmo das mais poderosas explosões solares
Foto: Wikimedia Commons / NASA
Sobre a nossa “atmosfera isolante”, o diretor associado de ciência da Divisão de Ciência heliofísica do Goddard Space Flight Center da Nasa em Greenbelt, Maryland, Alex Young, explica: "Vivemos em um planeta com uma atmosfera muito espessa... que para toda a radiação nociva que é produzida em uma explosão solar". O especialista deu a declaração em um vídeo de 2011 sobre os temores de que uma explosão solar acabaria com o mundo em 2012.
Ainda assim, as tempestades solares são dignas de atenção. Especialistas em clima da Nasa, por exemplo, levam o assunto a sério e monitoram o Sol de perto, para que possamos nos proteger de atividades perigosas.
O que são erupções solares?
As erupções ou explosões solares acontecem basicamente quando as linhas magnéticas do Sol, que criam um campo magnético superintenso, ficam tão tensas que começam a se torcer. Com essa torção, enormes tempestades são formadas, que podem ser vistas porque criam manchas frias e escuras, conhecidas como manchas solares.
De acordo com a Live Science, a maior parte da energia de uma luz solar é irradiada como ultravioleta ou de raios-X. No entanto, a energia também pode aquecer o gás presente na atmosfera do Sol, lançando enormes bolhas de partículas chamadas de “ejeções de massa coronal” para o espaço.
À medida que essa energia eletromagnética do Sol age na Terra, átomos e moléculas se tornam eletricamente carregados, criando os efeitos que podemos observar ao redor do mundo. Especialistas temem que ejeções muito grandes possam causar, por exemplo, um “apocalipse da internet”, deixando o mundo sem acesso à web por semanas ou meses.
Explosões de estrelas em supernova são muito mais perigosas que as erupções solares
Foto: Joseph DePasquale / Wikimedia Commons
Não ameaçam vida na Terra; supernovas são mais perigosas
Até hoje, a tempestade solar mais poderosa da história foi o Evento Carrington, de 1859, que não provocou impacto perceptível na vida dos seres humanos ou outros seres vivos na Terra. Para o pesquisador do Centro de Previsão do Tempo Espacial do Centro Solar de Stanford, "não importa o que aconteça, as chamas não têm um efeito significativo sobre nós aqui na Terra".
Se o Sol não poderia apresentar uma ameaça de extinção para nós na Terra, talvez outras estrelas próximas possam. Quando algumas estrelas ficam sem combustível e morrem, explodem em uma supernova que espalham uma poderosa radiação por milhões de anos-luz ao redor.
Segundo os cientistas, essas explosões são muito mais perigosas que as erupções solares, porque se acontecerem suficientemente perto da Terra, podem banhar o planeta em radiação e destruir nossa camada de ozônio. Os autores de um estudo recente, publicado no "Proceedings of the National Academy of Sciences" em agosto de 2020, suspeitam que a morte de uma estrela a 65 anos-luz da Terra pode ter feito exatamente isso há cerca de 359 milhões de anos.
Já era sabido que uma extinção em massa no final deste período resultou na morte de 70% dos invertebrados da Terra, embora os cientistas não tivessem certeza do que tinha desencadeado isso. Porém, um exame de esporos fósseis da época da extinção revelou sinais de danos à luz ultravioleta — sugerindo que talvez uma estrela tenha sido o motivo.
Voltando à atualidade, por enquanto não existem supernovas perto o suficiente da Terra para apresentarem ameaças como a descrita acima. Nesse sentido, podemos ficar tranquilos.
Ex-jogador de basquete do Los Angeles Lakers, da NBA, Shaquille ONeal defendeu o compartilhamento de teorias conspiratórias sobre Terra plana durante
entrevista ao programa australiano Kyle And Jackie O na última quarta-feira (24). Apesar de não confirmar se acredita ou não na teoria, O’Neal disse gostar de ouvir terraplanistas.
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Shaquille ONeal em foto de 2017; ex-jogador de basquete disse gostar de ouvir terraplanistas
Foto: MarkScottAustinTX / Wikimedia Commons
“Dizem que o mundo está girando. Eu moro em um lago há 30 anos e nunca vi o lago se mover para a esquerda ou para a direita”, afirmou o astro. Ele argumentou, ainda, que o avião no qual viajou dos Estados Unidos para a Austrália não tombou ou “virou de cabeça para baixo no trajeto”. Entenda por que esses questionamentos sobre a geometria da Terra não fazem sentido.
Por que não vemos ou sentimos a Terra girar?
Porque nós, humanos, estamos nos movendo junto com o planeta (e tudo o que há nele) na mesma direção e na mesma velocidade, que é praticamente constante. Por esse mesmo motivo, quando você viaja de avião, a mais de 200 km/h, você vê os passageiros e poltronas ao seu redor parados: é porque tudo dentro do avião está viajando na mesma velocidade. Portanto, mesmo que esta seja alta, nós não sentimos ou vemos o movimento.
Logo, Shaquille ONeal só veria o lago se deslocando caso, durante o movimento de rotação da Terra, o lago estivesse se movendo a uma velocidade diferente da dele — o que, naturalmente, não acontece. Além disso, ele sentiria o movimento da Terra (e seria arremessado) apenas se ela acelerasse ou freasse bruscamente, algo que, felizmente, também não acontece.
Planeta Terra: altitude de aviões comerciais pode não ser suficiente para notarmos a curvatura
Foto: Divulgação / Nasa
Por que não vemos a curvatura da Terra quando viajamos de avião?
Porque a altitude de aviões comerciais (geralmente de 11 mil a 12 mil metros) pode não ser suficiente para que a gente consiga notar a curvatura — há que se levar em conta o tamanho da Terra, com 12,7 km de diâmetro.
Ainda assim, a curvatura pode ser observada. Estima-se que seja possível começar a vê-la a partir dos 10 mil metros e que, a partir dos 15 mil, ela fique ainda mais evidente. Portanto, voos de maiores altitudes podem proporcionar uma boa observação.
Também é possível perceber a curvatura ao observar um navio sumindo em direção ao horizonte. Conforme ele se afasta, passamos a enxergar apenas sua parte superior, mas, se subirmos em algum local mais elevado, voltamos a ver a parte de baixo da embarcação.
E por que o avião de Shaquille O’Neal não virou de cabeça para baixo? Bom, por que viraria? Não sabemos exatamente o que o astro quis dizer com esse questionamento, porém sabemos que a gravidade que age nos Estados Unidos é a mesma que age na Austrália. Ela atrai todos os objetos para o centro da Terra, incluindo os aviões que viajam de um país para o outro.
É por causa dela que tanto americanos quanto australianos podem ficar com os pés fixados no solo — caso ONeil também não saiba por que australianos não estão de cabeça para baixo.
A ideia é que a vacina brasileira induza uma resposta celular ainda mais forte que a da AstraZeneca. Chamado de SpiN-TEC, o imunizante foi seguro em roedores
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fizeram uma parceria para desenvolver a vacina brasileira contra covid-19.
O imunizante, que acabou sendo chamado de SpiN-TEC, já está pronto para ser testado em seres humanos.
Anteriormente, a fórmula chegou a ser testada em camundongos e se mostrou segura, além de induzir as células de defesa T contra o vírus. A expectativa do grupo é que a Anvisa autorize no próximo mês o início das fases clínicas, em que a vacina começa a ser avaliada em humanos. Os estudos serão conduzidos na própria UFMG.
Com isso, os responsáveis pelas pesquisas esperam começar o ensaio clínico em meados de setembro. Na prática, voluntários do grupo-controle recebem a vacina da AstraZeneca, para que então os cientistas comparem a produção de anticorpos neutralizantes, anticorpos totais contra o Sars-CoV-2 (vírus causador da Covid-19) e a resposta de linfócitos T (células de defesa).
A ideia é que a vacina brasileira induza uma resposta celular ainda mais forte que a da AstraZeneca. Como a SpiN-TEC envolve duas proteínas do patógeno, em vez de apenas uma, os pesquisadores esperam que proporcione uma proteção maior contra novas variantes do coronavírus.
Já existe uma vacina brasileira contra covid-19?
Foto: Ha4ipuri/envato / Canaltech
Além dessa fórmula da Fiocruz e da UFMG, existe um imunizante produzido pelo SENAI CIMATEC de Salvador (BA), que já deu início à primeira fase de testes em humanos. Como o próprio nome do imunizante (RNA MCTI CIMATEC HDT) sugere, a tecnologia utilizada é a de RNA mensageiro, semelhante a empresas como Pfizer ou Moderna.
O governo investe R$ 350 milhões nessa vacina brasileira contra covid-19, que está sendo desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI em parceria com a americana HDT Bio Corp. Testes já estão acontecendo em Salvador, mas a ideia é que também sejam feitos nos EUA e na Índia.
Fato ocorreu em um condado da Flórida; vítima usou o gadget da Apple para encontrar a última localização de seus bens
O AirTag é aquele tipo de item que temos com a intenção de nunca precisar usar. Apesar disso, há momentos em que o gadget pode ser de enorme ajuda. Um exemplo recente é o caso de furtos de malas no aeroporto de Destin-Fort Walton Beach, na Flórida. Na situação, uma viajante relatou que sua bagagem nunca chegou a seu destino, mas depois de utilizar o objeto da Apple, foi descoberto que um funcionário havia furtado o item com cerca de US$ 1.600.
Apple AirTag
Foto: Darlan Helder/Tecnoblog / Tecnoblog
Na quinta-feira (11), o xerife do condado de Okaloosa, na Flórida, divulgou que haviam encontrado e prendido Giovanni De Luca, um rapaz de 19 anos que trabalhava no aeroporto de Destin-Fort Walton Beach. O homem é acusado de furtar, pelo menos, duas bagagens de pessoas diferentes com pertences no valor de US$ 16.600.
A investigação teve início quando uma mulher realizou uma viagem, mas percebeu que sua mala desapareceu no caminho. Assim, ela usou o seu AirTag para tentar encontrar a última localização do objeto. O resultado mostrou que a mais recente ativação havia ocorrido na cidade de Mary Esther, Flórida.
Em seguida, um segundo indivíduo reportou ao xerife que seus bens, com joias no valor de US$ 15 mil, também estavam desaparecidos.
A partir daí, os investigadores usaram a base de dados do aeroporto para encontrar algum funcionário que morasse nas redondezas da localização indicada pelo AirTag da Apple. Eventualmente, a residência de Giovanni De Luca foi indicada. Os agentes do xerife contataram o rapaz, que acabou admitindo os furtos.
Todavia, apenas a segunda pessoa conseguiu recuperar os seus pertences.
AirTag faz parte de outros casos curiosos
Em Nova York, por exemplo, diversos casos de stalking ocorreram no início do ano envolvendo o AirTag. Muitas pessoas reportaram às autoridades que o gadget foi encontrado dentro de carros, bolsas e outras propriedades. Os stalkers fazem isso para saber a localização dos indivíduos de forma frequente.
Outra situação estranha ocorreu em dezembro de 2021 no Canadá. Autoridades afirmaram que bandidos estavam usando o objeto da Apple para marcar carros de luxos e, em seguida, roubá-los. Em outras palavras, os criminosos colocavam o AirTag nos veículos, os rastreavam até as residências dos donos e os furtavam.
Mesmo com uma tecnologia desenvolvida para auxiliar os usuários, há sempre aqueles que vão usá-la com os piores motivos.
Com informações: 9toMac.